terça-feira, fevereiro 03, 2009

"a ciência pesa tanto e a vida é tão breve"



dias há que se parecem com o som de um violino. ele tão pesado nestas mãos tão leves. as notas penduram-se hirtas neste corpo tão desinteressado. o violino escolhe acomodar-se no ombro discreto - pouco robusto. dias há em que a chuva que caí no chão não é chuva. é música. são notas de um violino desfeitas. são partituras amarrotadas. são gotas transparentes, deitadas ao chão sem pudor - sem misericórdia. é água que caí do céu e ninguém quer.

há dias, em que o destino decide enfiar uma música na cabeça, com um fim único: arrasar.

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