domingo, março 08, 2009

insólito caso

quatro da manhã...
faltam uns escassos segundos para passar a película dos sonhos - - -

os pesadelos têm sessão marcada para as seis horas. a fotografia quer expandir-se até ao horizonte de uma madrugada azul.

alguém me diz, uma voz à solta e desprendida: rumo ao norte dos passos gélidos, das pegadas mórbidas.

relutante, a fotografia conta um barco a navegar horizonte fora...conta, também, um corpo coberto por cores vivas, apertado pelo desejo de tocar na linha horizontal da madrugada azul.

calma.
o horizonte não gosta de ser acordado de rompante. precisa de um dedo de cada vez. enfim, de um mimo...para a aguarela da madrugada azul não mudar de cor.

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