segunda-feira, abril 27, 2015

mãe e filha. de manhã para manhã. um poema para nós. para as mulheres. e quem delas gosta.

páginas em branco,
um sonho por desembrulhar.
é assim que te vejo,
quando me olhas fundo nos olhos.

parecemos duas manhãs a olhar uma para a outra.

os olhos desviam o olhar para o resto do dia.
o dia passa.

e no nosso rosto pousado um no outro é sempre manhã.
um sol a acordar.
um relógio a rebentar.
e uma roupa por estrear.

quando me pousas os olhos.
é como camisola segura no estendal.
chuva para lá do vidro.
bóia no meio do mar.

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