um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
quinta-feira, abril 29, 2004
quinta-feira, abril 22, 2004
Portugal...
Desde há três meses que não via televisão portuguesa, porque na residência, onde vivo, existem todos os canais internacionais com a excepção dos portugueses. Tive Segunda-feira a oportunidade de assistir ao Jornal da Tarde na RTP1 na casa de uma amiga portuguesa que trabalha comigo. Fiquei fascinada com as mudanças na apresentação do jornal! A SIC continua igual, os títulos principais não mudam: "Mulher pede divórcio após saber que o marido toma viagra". Não foi isto que me fez ficar perplexa, mas ver a publicidade bem feita, bem conseguida que fizeram para o Euro 2004. Parabéns! Mas, então a publicidade na Europa, nos outros países que supostamente iremos receber. Deste lado não há alusão ao Euro. Vi no centro de Amesterdão, uma única vez, num único dia, um único cartaz a promover o Euro em Portugal.
A Maria, uma amiga enviou-me este artigo publicado no "Público" o ano passado, é longo, mas diz tudo.
Europe's West Coast
"O turismo é único modo do país ganhar algum dinheiro a curto e médio prazo. Disse-o Cavaco Silva no princípio do ano, dizem-no economistas, consultores e especialistas. Já menos consensual será o caminho a seguir. O ICEP resolveu aproveitar as guerras e epidemias que graçam o mundo para atrair o turista, promovendo uma campanha que diz "Take a break from the rest of the world". Ora porque a mim estas me parecem más ideias, resolvi propor outra.
Para começar há que ter em conta que o turismo português e Portugal, não sendo entidades separadas, não devem ser tratadas como tal. Quando se remata a oferta turística com a sugestão "Take a break from the rest of the world" não está apenas a dizer-se que no Algarve há paz, que o interior é pacífico ou que a Madeira é um oásis livre de guerras. O que se diz também é que Portugal é um país à margem, longe dos grandes acontecimentos e por isso óptimo para passar uns dias de descanso. O que sendo bom para os tais dias de descanso, não é para a ideia com que se fica de Portugal.
Será que um país à margem, longe de tudo e de todos, sem cosmopolitismo, sem mundo, parado, é o que os portugueses e o Governo querem? Será isto bom para o investimento e exportações, para os criadores e criações portuguesas e para a afirmação de Portugal no mundo?
Claro que as perguntas são retóricas. Claro que quando o primeiro-ministro disponibiliza os Açores para a cimeira da guerra, está a juntar Portugal ao mundo. Claro que quando se organiza o Euro 2004, não se está à margem do mundo mas é-se, na altura, o próprio mundo. Por isso Portugal não pode, nem deve dizer "Take a brake from the rest of the world". Se "um país à margem" é o benefício que o turista procura e Portugal escolhe como estratégia não o desiludir, então estaremos a condenar Portugal a colónia de férias e os portugueses a empregados de hotelaria.
(Não é a primeira vez que tal é feito. A campanha anterior, "Warm by Nature", baseada na proverbial simpatia do nativo, reflecte também a ideia do português como serviçal de hotelaria).
O turismo português não é isolável de Portugal. A nossa oferta turística afecta a imagem do país, todos os conceitos e preconceitos com que nos definem, contaminam a nossa oferta, seja ela turística, comercial ou cultural. Conceitos e preconceitos que, por muito que nos custe admitir, não são os melhores. Para o consumidor estrangeiro ideias de modernidade, desenvolvimento, cosmopolitismo e cultura não moram cá. Em França a ideia geral é de que os portugueses são fiáveis e por isso bons porteiros e mulheres-a-dias. Na Suíça pessoas discretas e apagadas e como tal bons criados de mesa. Em Espanha parecidos com eles mas mais pobres e menos desenvolvidos (os espanhóis pensam de nós o que nós pensamos dos marroquinos). Em Inglaterra somos um simpático país do Sul onde felizmente ainda se encontram carroças e pastores ("peasants" é o termo usado e equivale ao nosso bimbo). Enquanto o estrangeiro nos vir como "peasants" com Algarve, sol e mar, de nada servirá vender outros produtos turísticos pois eles só os comprarão em saldo. Há que tentar, antes, reposicionar Portugal e mudar a fama que o país tem de modo a que os seus produtos possam ser vistos com outros olhos e, por isso, vendidos a outro preço.
Ora como é que se muda a fama? Em primeiro lugar, mudando o país. Tarefa que está longe de ser a do marketing e da comunicação. Acontece porém que o país já mudou, talvez não tanto como todos gostaríamos, mas mudou mais do que a percepção que dele têm os estrangeiros.
Em segundo lugar, muda-se a percepção do país. Substitui-se "o filtro" através do qual o estrangeiro nos vê para que ele se dê conta que este país não é o que ele pensava. Este é papel para a comunicação e o turismo um dos melhores instrumentos para o fazer.
Portugal é considerado na Europa, país do Sul, como a Espanha, a Itália e a Grécia. Ora o Sul é precisamente o "filtro" que precisa ser substituído. Para perceber melhor, vejamos as boas e más coisas do Sul. Sem ser exaustivo, digamos que o Sul tem bom tempo, calor, gente simpática, boa comida, paz, esplanadas e dolce farniente; e tem subdesenvolvimento, gente pobre e iliterada, corrupção e os indicadores estatísticos de miséria.
O que é bom, Portugal tem mais ou menos tudo o que tem o Sul mas nunca melhor. Sempre igual ou pior: basta comparar o Mediterrâneo quente e calmo, ao nosso mar frio e turbulento, as noites quente e húmidas, às nossas nortadas. Quer queiramos quer não Portugal não é um país mediterrânico. É um país tipo mediterrâneo (do mesmo modo que algum queijo é tipo serra) e, se insistirmos em imitar, perdemos.
Já as coisas más tendem a ser percepcionadas como igualmente más ou piores. Estando mais longe e afastados do centro, não sendo país de grande notoriedade, as pessoas tendem a acreditar que o mau é pior. O desconhecido é-o sempre. Mas ainda que o nosso Sul fosse melhor que o Sul dos outros, que a nossa arquitectura, cozinha, clima, mar, gente, infraestruturas, vinho, museus, noite fossem melhores que os da França, Espanha, Itália e Grécia, ainda assim, a ideia de ser do Sul será sempre má pois estamos competindo não por sermos diferentes, mas por sermos iguais. Quando assim é só há uma estratégia de comunicação: a do dinheiro. Quem falar mais alto ganha. Ora dinheiro, como todos sabemos, é coisa que não abunda nem abundará.
Lê-se no título de um famoso livro de marketing "Differentiate or die". É o que há a fazer. Criar uma categoria só para nós, que faça sentido para Portugal, para a nossa oferta e para o consumidor. Uma categoria onde os outros não possam concorrer. Temos que sair do Sul. Coisa que, parecendo difícil, não é: se olharmos o mapa da Europa, vemos Portugal a Sul mas também a Oeste. Escolhamos então o Oeste pois foi este o sítio que a História nos destinou. Esta Ocidental Praia Lusitana é também uma Ocidental Praia Europeia. O que proponho então como "novo filtro" é o West e a solução comunicar Portugal como a Europe's West Coast.
O que é que ganhamos com isto? Uma poderosíssima rede de associações que induzirá o estrangeiro a reavaliar o país. Uma reavaliação benéfica, muito para além do turismo embora este seja o primeiro a beneficiar com o reposicionamento. É que Europe's West Coast trás consigo todo um imaginário relacionado com a West Coast americana, compatível com as percepções boas do Sul. A praia, a vida colorida, o surf, as esplanadas, a tolerância e os estilos de vida alternativos, o tempo ameno, o sol que se põe no mar, o golf. Na Europe's West Coast os benefícios do Sul já vêm incluídos mas o conceito traz mais. Traz associações "aspiracionais" - Hollywood ou Silicon Valley, por exemplo - que sem nada termos que fazer contaminam o conceito positivamente, tornando-o mais glamouroso e mais cosmopolita. Depois há as pontes e colinas de Lisboa e S. Francisco, o Vale do Douro e o Napa Valley, a aridez da Baja Californiana e o nosso Alentejo, coincidências felizes que é só aproveitar.
O West é também um lugar mítico, um lugar de sonhos onde a terra "desagua" no mar, para onde se vai mudar de vida. Por fim, de um ponto de vista político, o West tem sido sinónimo de desenvolvimento e democracia. Ao sermos West beneficiamos destas associações e saímos do Sul.
Mas o conceito tem outro ângulo que o torna mais poderoso: Europe. Não somos uma West Coast qualquer, uma West Coast de imitação: somos a Europe's West Coast. Faz acreditar que todas estas associações são temperadas com história, civilização, "cachê". A mesma história e civilização que ajudámos a construir saindo para... West.
Ao reposicionar Portugal como a Europe's West Coast criamos para europeus e americanos um novo lugar no mundo, uma nova e desconhecida realidade que é o novo Portugal. E criar uma boa novidade é sempre boa estratégia de marketing. Uma novidade que ajudará europeus a fazer outra ideia de Portugal e americanos a descobrir, não o velho West, mas o velhíssimo West que é o da Europa e que eles nem sabiam existir.
É esta a ideia. Uma ideia afirmativa de que não somos aquilo que os outros querem, mas sim o que queremos ser. Somos a Europe's West Coast. A mim parece-me boa ideia."
A Maria, uma amiga enviou-me este artigo publicado no "Público" o ano passado, é longo, mas diz tudo.
Europe's West Coast
"O turismo é único modo do país ganhar algum dinheiro a curto e médio prazo. Disse-o Cavaco Silva no princípio do ano, dizem-no economistas, consultores e especialistas. Já menos consensual será o caminho a seguir. O ICEP resolveu aproveitar as guerras e epidemias que graçam o mundo para atrair o turista, promovendo uma campanha que diz "Take a break from the rest of the world". Ora porque a mim estas me parecem más ideias, resolvi propor outra.
Para começar há que ter em conta que o turismo português e Portugal, não sendo entidades separadas, não devem ser tratadas como tal. Quando se remata a oferta turística com a sugestão "Take a break from the rest of the world" não está apenas a dizer-se que no Algarve há paz, que o interior é pacífico ou que a Madeira é um oásis livre de guerras. O que se diz também é que Portugal é um país à margem, longe dos grandes acontecimentos e por isso óptimo para passar uns dias de descanso. O que sendo bom para os tais dias de descanso, não é para a ideia com que se fica de Portugal.
Será que um país à margem, longe de tudo e de todos, sem cosmopolitismo, sem mundo, parado, é o que os portugueses e o Governo querem? Será isto bom para o investimento e exportações, para os criadores e criações portuguesas e para a afirmação de Portugal no mundo?
Claro que as perguntas são retóricas. Claro que quando o primeiro-ministro disponibiliza os Açores para a cimeira da guerra, está a juntar Portugal ao mundo. Claro que quando se organiza o Euro 2004, não se está à margem do mundo mas é-se, na altura, o próprio mundo. Por isso Portugal não pode, nem deve dizer "Take a brake from the rest of the world". Se "um país à margem" é o benefício que o turista procura e Portugal escolhe como estratégia não o desiludir, então estaremos a condenar Portugal a colónia de férias e os portugueses a empregados de hotelaria.
(Não é a primeira vez que tal é feito. A campanha anterior, "Warm by Nature", baseada na proverbial simpatia do nativo, reflecte também a ideia do português como serviçal de hotelaria).
O turismo português não é isolável de Portugal. A nossa oferta turística afecta a imagem do país, todos os conceitos e preconceitos com que nos definem, contaminam a nossa oferta, seja ela turística, comercial ou cultural. Conceitos e preconceitos que, por muito que nos custe admitir, não são os melhores. Para o consumidor estrangeiro ideias de modernidade, desenvolvimento, cosmopolitismo e cultura não moram cá. Em França a ideia geral é de que os portugueses são fiáveis e por isso bons porteiros e mulheres-a-dias. Na Suíça pessoas discretas e apagadas e como tal bons criados de mesa. Em Espanha parecidos com eles mas mais pobres e menos desenvolvidos (os espanhóis pensam de nós o que nós pensamos dos marroquinos). Em Inglaterra somos um simpático país do Sul onde felizmente ainda se encontram carroças e pastores ("peasants" é o termo usado e equivale ao nosso bimbo). Enquanto o estrangeiro nos vir como "peasants" com Algarve, sol e mar, de nada servirá vender outros produtos turísticos pois eles só os comprarão em saldo. Há que tentar, antes, reposicionar Portugal e mudar a fama que o país tem de modo a que os seus produtos possam ser vistos com outros olhos e, por isso, vendidos a outro preço.
Ora como é que se muda a fama? Em primeiro lugar, mudando o país. Tarefa que está longe de ser a do marketing e da comunicação. Acontece porém que o país já mudou, talvez não tanto como todos gostaríamos, mas mudou mais do que a percepção que dele têm os estrangeiros.
Em segundo lugar, muda-se a percepção do país. Substitui-se "o filtro" através do qual o estrangeiro nos vê para que ele se dê conta que este país não é o que ele pensava. Este é papel para a comunicação e o turismo um dos melhores instrumentos para o fazer.
Portugal é considerado na Europa, país do Sul, como a Espanha, a Itália e a Grécia. Ora o Sul é precisamente o "filtro" que precisa ser substituído. Para perceber melhor, vejamos as boas e más coisas do Sul. Sem ser exaustivo, digamos que o Sul tem bom tempo, calor, gente simpática, boa comida, paz, esplanadas e dolce farniente; e tem subdesenvolvimento, gente pobre e iliterada, corrupção e os indicadores estatísticos de miséria.
O que é bom, Portugal tem mais ou menos tudo o que tem o Sul mas nunca melhor. Sempre igual ou pior: basta comparar o Mediterrâneo quente e calmo, ao nosso mar frio e turbulento, as noites quente e húmidas, às nossas nortadas. Quer queiramos quer não Portugal não é um país mediterrânico. É um país tipo mediterrâneo (do mesmo modo que algum queijo é tipo serra) e, se insistirmos em imitar, perdemos.
Já as coisas más tendem a ser percepcionadas como igualmente más ou piores. Estando mais longe e afastados do centro, não sendo país de grande notoriedade, as pessoas tendem a acreditar que o mau é pior. O desconhecido é-o sempre. Mas ainda que o nosso Sul fosse melhor que o Sul dos outros, que a nossa arquitectura, cozinha, clima, mar, gente, infraestruturas, vinho, museus, noite fossem melhores que os da França, Espanha, Itália e Grécia, ainda assim, a ideia de ser do Sul será sempre má pois estamos competindo não por sermos diferentes, mas por sermos iguais. Quando assim é só há uma estratégia de comunicação: a do dinheiro. Quem falar mais alto ganha. Ora dinheiro, como todos sabemos, é coisa que não abunda nem abundará.
Lê-se no título de um famoso livro de marketing "Differentiate or die". É o que há a fazer. Criar uma categoria só para nós, que faça sentido para Portugal, para a nossa oferta e para o consumidor. Uma categoria onde os outros não possam concorrer. Temos que sair do Sul. Coisa que, parecendo difícil, não é: se olharmos o mapa da Europa, vemos Portugal a Sul mas também a Oeste. Escolhamos então o Oeste pois foi este o sítio que a História nos destinou. Esta Ocidental Praia Lusitana é também uma Ocidental Praia Europeia. O que proponho então como "novo filtro" é o West e a solução comunicar Portugal como a Europe's West Coast.
O que é que ganhamos com isto? Uma poderosíssima rede de associações que induzirá o estrangeiro a reavaliar o país. Uma reavaliação benéfica, muito para além do turismo embora este seja o primeiro a beneficiar com o reposicionamento. É que Europe's West Coast trás consigo todo um imaginário relacionado com a West Coast americana, compatível com as percepções boas do Sul. A praia, a vida colorida, o surf, as esplanadas, a tolerância e os estilos de vida alternativos, o tempo ameno, o sol que se põe no mar, o golf. Na Europe's West Coast os benefícios do Sul já vêm incluídos mas o conceito traz mais. Traz associações "aspiracionais" - Hollywood ou Silicon Valley, por exemplo - que sem nada termos que fazer contaminam o conceito positivamente, tornando-o mais glamouroso e mais cosmopolita. Depois há as pontes e colinas de Lisboa e S. Francisco, o Vale do Douro e o Napa Valley, a aridez da Baja Californiana e o nosso Alentejo, coincidências felizes que é só aproveitar.
O West é também um lugar mítico, um lugar de sonhos onde a terra "desagua" no mar, para onde se vai mudar de vida. Por fim, de um ponto de vista político, o West tem sido sinónimo de desenvolvimento e democracia. Ao sermos West beneficiamos destas associações e saímos do Sul.
Mas o conceito tem outro ângulo que o torna mais poderoso: Europe. Não somos uma West Coast qualquer, uma West Coast de imitação: somos a Europe's West Coast. Faz acreditar que todas estas associações são temperadas com história, civilização, "cachê". A mesma história e civilização que ajudámos a construir saindo para... West.
Ao reposicionar Portugal como a Europe's West Coast criamos para europeus e americanos um novo lugar no mundo, uma nova e desconhecida realidade que é o novo Portugal. E criar uma boa novidade é sempre boa estratégia de marketing. Uma novidade que ajudará europeus a fazer outra ideia de Portugal e americanos a descobrir, não o velho West, mas o velhíssimo West que é o da Europa e que eles nem sabiam existir.
É esta a ideia. Uma ideia afirmativa de que não somos aquilo que os outros querem, mas sim o que queremos ser. Somos a Europe's West Coast. A mim parece-me boa ideia."
quarta-feira, abril 14, 2004
O pastel de nata
O pastel de nata nunca seria assunto para um post se estivesse em Portugal. Aliás, o pastel de nata nunca estaria afiado nos meus dedos pronto para ser impresso. É absolutamente incrível os nadas de Portugal se tornarem tudos na Holanda! Trabalhar num restaurante português tem um ponto muito positivo - como pratos portugueses. E aquele pastel de nata que tantas vezes conduzo para a mesa absorvido em segundos foi divinal.
P.S. A novela do restaurante vai ser contada detalhadamente no próximo dia deste planeta!
P.S. A novela do restaurante vai ser contada detalhadamente no próximo dia deste planeta!
A minha Páscoa
Lembro do ano passado, o almoço em família, a tarde perguiçosa, o compasso sob flores até á porta de casa! A ponte de saudade é inegável, mas tudo se afaga com novos sabores e novas cores. No ano que vem hei-de lembrar a tarde fria passada no Vondel Park com ovos pintados escondidos no parque, com a bola e o disco, os bolinhos e o sumo de maracujá e uma família feliz! O frio do final de tarde foi aquecido no "Abraxas", um coffeshop com uns lindos arranjos de cannabis e para terminar esta Páscoa, na tela também fica gravado o chocolate quente que é repetível.
P.S. Os lindos arranjos de cannabis são mesmo arranjos que se encontram numa montra. Pai, mãe não lhes toquei!
P.S. Os lindos arranjos de cannabis são mesmo arranjos que se encontram numa montra. Pai, mãe não lhes toquei!
sexta-feira, abril 09, 2004
segunda-feira, abril 05, 2004
Eu, a Isabel, o Pedro e os sete euros...
Era uma vez, os três porquinhos e o lobo mau. Os três porquinhos estavam felizes pelas aventuras passadas na florestas de Amsterdam!! Certa noite roubados pelo tempo e ansiosos pela noite decidiram entrar na carruagem até á floresta sem bilhete. Um dos porquinhos disse: "Não há problema, entramos e vamos ter com o 'pica' (esta palavra é uma delícia) explicamos que escorregamos no relógio e pagamos o bilhete". Os outros dois porquinhos concordaram que a honestidade é o melhor caminho. Foi, então que os três porquinhos deram de caras com o lobo mau. Um dos porquinhos mostrou uma nota de dez euros para pagar os três bilhetes, mas o lobo mau explodiu: "Se querem comprar bilhete dentro da carruagem são sete euros cada um e não quero saber de mas". Os três porquinhos ainda tentaram explicar que..., mas o lobo mau tinha tamanho bafo que foi impossível explicar fosse o que fosse!! No final, como todo o bom holandês, o lobo mau sussurou um "Alstublieft"!! Como era um de Abril, um dos porquinhos imaginou que fosse uma brincadeira, e que o "pica" iria aparecer com um chapéu de cone, todo colorido e a cantar: Um de Abril, Um de Abril. Isto não aconteceu, mas como escreveu um dos porquinhos: "Bons momentos não se comparam a sete euros".
Num coffeshop...
I'd like a strawberryshake, please!!
Your ID, please...
???
Take this as a complement!!
Your ID, please...
???
Take this as a complement!!
quinta-feira, abril 01, 2004
quarta-feira, março 31, 2004
"Quem avançar sem medo vencerá no final"
Saborear o sabor da felicidade, mesmo que seja por cinco minutos, é absolutamente delicioso. Não quero saber do cinzento atrás do azul. Interessa-me somente dizer que vivo o azul, que o absorvo como um bébe na fase de amamentação. Vale apena olhar de frente o sol, mesmo que isso signifique ferir os olhos.
terça-feira, março 30, 2004
Obrigada Amigo.
Esta senhora que ouvem conhecia cá (Amesterdão) nos primeiros dias de, como direi, de socialização! Por vezes janto com ela, rio com ela, e ela pinta o ar do meu quarto, como já pintou a minha estória por estas bandas. Por isso, cá está a dizer-vos "salut".
Esta senhora que ouvem conhecia cá (Amesterdão) nos primeiros dias de, como direi, de socialização! Por vezes janto com ela, rio com ela, e ela pinta o ar do meu quarto, como já pintou a minha estória por estas bandas. Por isso, cá está a dizer-vos "salut".
Humpty Dumpty sat in a wall
Humpty Dumpty had a great fall
With all the king's horses and all the king's men
Could put Humpty together again.
Isto numa aula acerca de diferentes pontos de vista que correm dentro de uma empresa. Se fosse no semestre passado era mais: As empresas têm diferentes pontos de vista assumidos pelos diferentes lugares na hierarquia (blá blá).
Humpty Dumpty had a great fall
With all the king's horses and all the king's men
Could put Humpty together again.
Isto numa aula acerca de diferentes pontos de vista que correm dentro de uma empresa. Se fosse no semestre passado era mais: As empresas têm diferentes pontos de vista assumidos pelos diferentes lugares na hierarquia (blá blá).
sábado, março 27, 2004
Pronto. Depois de muitos e-mails a questionarem se, por acaso já arranjei algum holandês por aqui, desmistifico o mistério: Meus amigos, vocês gostavam de ver esta vossa linda amiga com um "traste" de dois metros, com uma pala do mesmo tamanho, muito louro, um casaco ao xadrez colorido e uns sapatinhos clássicos que ficavam bem com tudo, menos naquela roupa...não, pois não? É claro que há excepções...
O que é que será mais estranho...
a minha escola ter um cabeleireiro ou a minha turma não ter nenhum holandês?
sexta-feira, março 26, 2004
Como estas meninas dizem, abrir a caixa do correio todas as manhãs antes de qualquer tarefa do dia, é um gesto que nunca falha. De certo, estamos sempre á espera de uma carta, de palavras que, por momentos são abraços e carinhos daqueles que nos amam e estão longe. Ontem, recebi uma carta do F. onde li verdades presentes e futuras. No envelope também estavam CD's de música portuguesa, como Madredeus, Sérgio Godinho e Caetano Veloso que encantou diferentes culturas.
De facto, F. esta é linda e é para todos nós:
"Coisas pequenas são coisas pequenas
São tudo o que te quero dar
e estas palavras são coisas pequenas que dizem que te quero amar
Amar, amar, amar
Só vale a pena se quiseres confirmar
Que um grande amor não é coisa pequena
Que não há maior que amar
E a hora que te espreita é só tua
De certo não será só a que resta
A hora que esperei a vida toda
É esta...é esta
E a hora que te espreita é verdadeira
De certo já bateu á tua porta
A hora que esperas-te a vida inteira
É agora...é agora".
Madredeus, Coisas pequenas
De facto, F. esta é linda e é para todos nós:
"Coisas pequenas são coisas pequenas
São tudo o que te quero dar
e estas palavras são coisas pequenas que dizem que te quero amar
Amar, amar, amar
Só vale a pena se quiseres confirmar
Que um grande amor não é coisa pequena
Que não há maior que amar
E a hora que te espreita é só tua
De certo não será só a que resta
A hora que esperei a vida toda
É esta...é esta
E a hora que te espreita é verdadeira
De certo já bateu á tua porta
A hora que esperas-te a vida inteira
É agora...é agora".
Madredeus, Coisas pequenas
quinta-feira, março 25, 2004
Porto
Um dia o discreto e simples Eugénio de Andrade escreveu e declamou aos céus o ensejo de levar para uma outra vida a imagem do Porto antigo, velho e clássico com aquelas gaivotas que fazem vento na cidade. Não consigo esconder a alegria que sinto quando a senhora que vende pão me fala da ponte D. Luiz e quando ensaia um "obrigada" sempre que lhe entrego as moedas pelo "molete". Quando os rapazes me dão os parabéns pela excelente "team" que dá mérito ao Porto. Quando pelo meio das noites, que roubam manhãs apreciam o Vinho do Porto. E quando num abraço profundo anseiam pelo Verão para conhecer a minha cidade mágica. Onde quer que estejamos há sempre uma corda de raízes, assim como um trapezista que baila preso pelo ar.
quarta-feira, março 24, 2004
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