um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
segunda-feira, abril 25, 2005
quarta-feira, abril 13, 2005
Querido Antoine De Saint Exupéry,
Encontrei o teu principezinho. Ponto. Isto é o que interessa. Encontrei-o. A resposta demorou tanto quanto os sonhos demoram a chegar e a adormecer em nós. Desculpa. São tantos os ponteiros até esta carta. Queria te dar estas letras felizes desde sempre. Matar o teu deserto com a notícia que ele, o principezinho aproveitou a liberdade dos pássaros e aqui está refugiado em mim, no meu deserto. Esta aqui a semear inocências. Quem me dera ser pequenina como ele. Rir e nunca desistir de uma pergunta, suar energia, pingar amor. Sem que ninguém alertasse a realismos assassinos. Ele é feliz. É pequenino. Cada palavra dele é uma nota musical. Cada sorriso é um novo crepúsculo todos os dias. Tantas areias de desertos que calcei até ele naufragar em mim, debaixo do espectáculo das estrelas da minha noite - quinhentos milhões de guizinhos a ecoar melodias pelo universo fora. E eu a bailar, a bebericar da minha solidão perfeita, a tentar poesias quando só sei de prosas. A tentar perceber o mundo. A rodar a cabeça. A tentar conquistar raios de sol que nunca serão meus. A fazer da tristeza felicidade. A gritar de mim para mim. A comer frases que me ensinam: só se vê bem com o coração. A tentar fazer dos actos alma. A ensaiar tentativas de. Domada pelo planeta dos grandes - estarei eu, também grande? Mas lá está o principezinho a recordar-me a virgindade de um olhar, o que os adultos nunca irão perceber. Acorda-me para a vida que não é, mas que devia ser, quando solta o mar dos seus olhos que radiam céus de paz. Como percebo a alegria com que enlaçaste o principezinho no mundo e este nem o merece. Mas contam-se pelos dedos das mãos os muitos que vivem nesta bolha de um mundo - o verdadeiro - que respira do cálcio do Amor.
Eu sinto os cabelos louros na cara, vejo o brilho com que ele ofusca ruas e passeios. Ando pelos rios de dúvidas e porquês do nosso principezinho. Ele partilha rosas de maravilhas, raposas de amizades, estrelas de felicidade e espelha em mim, no mundo o seu saber - puro e inocente. E eu trato dele. Há-de ser sempre recém-nascido para mim. Acarinhar-lhe os ombros com o meu casaco. Cobrir-lhe de silêncios a alma. Dar-lhe planetas de paz. E acredito Exupéry, que muitos encontraram o teu principezinho pela Terra fora, pelo Universo que nos pertence. Cada um tem espaço para um principezinho. E são tantos os desertos, onde ele planta raízes de paixão. O Principezinho.
Tua
pensado na pequenina alma que me beija todos os dias pela manhã
Encontrei o teu principezinho. Ponto. Isto é o que interessa. Encontrei-o. A resposta demorou tanto quanto os sonhos demoram a chegar e a adormecer em nós. Desculpa. São tantos os ponteiros até esta carta. Queria te dar estas letras felizes desde sempre. Matar o teu deserto com a notícia que ele, o principezinho aproveitou a liberdade dos pássaros e aqui está refugiado em mim, no meu deserto. Esta aqui a semear inocências. Quem me dera ser pequenina como ele. Rir e nunca desistir de uma pergunta, suar energia, pingar amor. Sem que ninguém alertasse a realismos assassinos. Ele é feliz. É pequenino. Cada palavra dele é uma nota musical. Cada sorriso é um novo crepúsculo todos os dias. Tantas areias de desertos que calcei até ele naufragar em mim, debaixo do espectáculo das estrelas da minha noite - quinhentos milhões de guizinhos a ecoar melodias pelo universo fora. E eu a bailar, a bebericar da minha solidão perfeita, a tentar poesias quando só sei de prosas. A tentar perceber o mundo. A rodar a cabeça. A tentar conquistar raios de sol que nunca serão meus. A fazer da tristeza felicidade. A gritar de mim para mim. A comer frases que me ensinam: só se vê bem com o coração. A tentar fazer dos actos alma. A ensaiar tentativas de. Domada pelo planeta dos grandes - estarei eu, também grande? Mas lá está o principezinho a recordar-me a virgindade de um olhar, o que os adultos nunca irão perceber. Acorda-me para a vida que não é, mas que devia ser, quando solta o mar dos seus olhos que radiam céus de paz. Como percebo a alegria com que enlaçaste o principezinho no mundo e este nem o merece. Mas contam-se pelos dedos das mãos os muitos que vivem nesta bolha de um mundo - o verdadeiro - que respira do cálcio do Amor.
Eu sinto os cabelos louros na cara, vejo o brilho com que ele ofusca ruas e passeios. Ando pelos rios de dúvidas e porquês do nosso principezinho. Ele partilha rosas de maravilhas, raposas de amizades, estrelas de felicidade e espelha em mim, no mundo o seu saber - puro e inocente. E eu trato dele. Há-de ser sempre recém-nascido para mim. Acarinhar-lhe os ombros com o meu casaco. Cobrir-lhe de silêncios a alma. Dar-lhe planetas de paz. E acredito Exupéry, que muitos encontraram o teu principezinho pela Terra fora, pelo Universo que nos pertence. Cada um tem espaço para um principezinho. E são tantos os desertos, onde ele planta raízes de paixão. O Principezinho.
Tua
pensado na pequenina alma que me beija todos os dias pela manhã
domingo, abril 10, 2005
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