um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

domingo, agosto 31, 2003

A tristeza de um dia desaparece, quando olhamos o céu negro vemos o sorriso da lua apontado para nós, entramos no quarto a pensar "esta vida, por vezes, parece estagnada", olhamos a cama e vemos o carinho em forma de bilhete a dizer:"para a filha mais linda do mundo, adoro-te".

sábado, agosto 30, 2003

"The killer in me is the killer in you"
Smashing Pumpkins

sexta-feira, agosto 29, 2003

Caros amigos, tenho um desabafo a fazer. Vou fazer exame de TAD no dia oito de Setembro. Enfim, uma tarefa inóspita para uma disciplina infrutífera. Ah! Para quem tem a sorte de não saber o que TAD quer dizer, eu digo: Teoria e Análise do Discurso. Ou: Temas de Análise Desinteressantes!!
Uma da manhã. Os meus olhos custam a fechar. O joão-pestana não chega. O meu coração começa a sonhar. Suspiro!Dou uma volta e dou outra volta. Enrolo-me no lençol e sinto frio. Os olhos fecham sem sono. Lá fora, pingos de chuva caem e eu relembro aquela tarde de Inverno que passamos juntos. A cada pingo que caía faziamos projectos para um futuro que achavamos nosso. Não podíamos, nessa altura, adivinhar que o futuro não nos pertencia como a ninguém pertence. Lembro o abraço. Lembro o beijo arrepiante que os lábios trocaram. Lembro as gotas no vidro do carro e lembro, também o teu olhar profundo e belo a dizer "amo-te". Amo-te. É engraçado! Raramente se diz esta palavra a qualquer pessoa. Na vida temos cuidado quando expomos o "amo-te". No entanto, chega-se aos trinta e vendo bem os factos, já soletramos, endereçamos, expusemos uma data de vezes a palavra. Rebobinar.
Percebes de imediato o feedback do "amo-te". Os braços encontram-se, os lábios perduram e o caminho dos sonhos enlaçam-se. Aquele momento mágico, criado por nós que, na verdade éramos um ficou embalsamado quando me dizes: "não tenho uma resposta". Quando eu te pergunto: "Há um caminho para nós?"

quinta-feira, agosto 28, 2003

Não sei se alguém reparou no aspecto limpo dos "comentários" do planeta b612. Não agradeço nem à família, nem aos amigos, nem ao God, nem ao Brad Pitt pela excelente contracenação, nem ao David Linch pelo convite para o filme, nem aos fãs. Agradeço ao amigo Tiago pela imprescindível ajuda. A ti, obrigada!!

terça-feira, agosto 26, 2003

Paredes de Coura...com um brilhozinho nos olhos
Estórias estupendas, fantásticas, verdes e azuis, brilhantes e magníficas que se passaram em apenas uma semana. Os meus olhos passam e trespassam e veêm e voltam a ver sem nunca se cansarem das mesmas imagens, das fotografias que quando se olha pela terceira vez (porque há sempre uma terceira vez) descobre-se algo novo, revive-se estórias, lembram-se minutos, palavras e conversas que ficaram imortalizadas numa única fotografia que, por sua vez ficará imortalizada no tempo. Os segundos que os meus olhos levam a chegar á fotografia tranformam-se nas horas que vivemos naquele dia, naquela noite. A trança, os sons, os amigos, os campos, a mata, as árvores, as necessidades, as tendas, o "fazer de comer", os tachos, a água gelada, o sol, as estrelas, as nuvens, os livros, os jogos, os sonhos, o dormir e o acordar, o rir e o chorar, a música para adormecer, o cheiro, a piscina, a Vila, a casa-de-banho do café, as fitas e rastas, Placebo, o Rós e suas leituras, o jambé, as amigas do Rós, o Zé sem lentes, os jornalistas fenomenais, cabelos brancos e pretos, charros e vodka, rio e terra, sorrir e amar...mais do que nas fotos, tudo ficará na gaveta do coração.
Não queria ser indiscreta, mas é para que não me digam que estou a plagiar. Li um comentário dos atacadores no fechado para obras que me atingiu de modo peculiar. Trata-se de uma citação de Fernando Pessoa.

Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada
Á parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo
Ás vezes não gosto de acordar e sentir a realidade da vida. Hoje, pelo contrário, gostei de acordar para fugir do pesadelo da noite.

domingo, agosto 24, 2003

Estórias de Paredes de Coura(Sete, viver de noite, dormir de dia)
Peço imensa desculpa aos meus amigos por fazer link do artigo que escrevi para o jornal sobre Paredes de Coura. Bem sei que há sempre ideias novas e frescas. Não quer dizer que não as passe para o branco do fundo do blog...mas, o dia correu mal! Disseram-me que era "egoísta, só penso em mim". Também sei que vindo de quem veio e pelo tom que foi dito devia levar para a brincadeira. Seja como for, há sempre alturas da vida que nos sentimos mais frágeis, sensíveis e chegamos a acreditar piamente em tudo, como as crianças na sua pura inocência acreditam. Não sei porquê a frase entrou a mil na minha cabeça. Rodou pelo corpo todo, pela minha vida, por todos os seus segundos. Serei mesmo egoísta? Será que seguir as vontades e desejos é ser egoísta...nunca tive a pretenção de ser perfeita. Sempre chorei quando os meus amigos choraram. Sempre ri quando eles riam. Mas isso acontece sempre que as almas se cruzam. Será que a deles não se cruzam com a minha? Acho que tenho que começar a pensar sobre mim mesma....contudo, pensar doí. E o presente está a doer!

sexta-feira, agosto 15, 2003

Cinco dias. Cinco noites. Amigos e redacção. Verde e preto. Rio e terra. Chuva e sol. Campismo pela primeira vez e jambés a marcar o tempo. Umas ervas a mais, uns goles a mais, um pouco de tudo a mais. Música no seu auge. Uma alegria efusiva. Assim, se espera! Uma semana de rastos, umas olheiras sorridentes e uns textos valentes. Uma ida às casas-de-banho. Ups! Acho que me enganei na porta. CASAS-DE-BANHO, uma miragem! Muita atenção às musiquinhas que há quem espere algo importante da minha pessoa profissional. O equilíbrio prefeito, o útil e o agradável...
Estórias de Paredes de Coura daqui a uma semana!!
Um dia na praia
Acho engraçado quando um jornal chega ao mês de Agosto e não tem nada para publicar e, então fazem reportagens do tipo: "Um dia na praia". Está certo que o jornal que se trata é local, mas podiam imprimir um título mais sonante ou puxar por algo mais importante, quanto mais não fosse pela qualidade dos produtos de protecção solar, pela qualidade das águas, pela euforia da Bandeira Azul. De certeza que ninguém tira proveito de um texto intitulado "Um dia na praia" com não sei quantos caracteres a dizer não sei o quê dos biquinis, das banhas e menos banhas e afins sem substância. Oh nãããoo!!...

terça-feira, agosto 12, 2003

Ninguém consegue definir o amor. Todos conseguem definir o amor.
Nós portugueses somos uns privilegiados. Temos um poeta que escreveu de uma forma subtil e directa, contraditória e clara, todos os ângulos do amor, todos os seus vértices, toda a sua magia! Conhecemos e temos no dicionário português a palavra "saudade". Somos um povo ligado ao sentimento e teme-se verbalizar o amor. O amor não existe para ser verbalizado, é certo. No amor as palavras são zero e os actos, milhões! Mas será tão difícil colocá-lo em palavras? Ou será medo de esgotar todo o vocabulário. Medo de estar nú perante o outro. Medo de mostrarmos a alma e a sua fortaleza. Afinal, não é pelo amor que o mundo dá uma volta todos os anos, que todos os dias nos vestimos e lavamos os dentes. E porquê? Porque o amor é querer sair de si mesmo e encontrar uma outra parte, é ser feliz por se aproximar uma certa hora, é olhar nos olhos sem precisar de gastar saliva, é sentir a alma fresca como uma alface, é vislumbrar um rouxinol num turbilhão de folhas verdes, é afogar-se em brilhos, é rodopiar na multidão, é sair de si mesmo, é...
Tantas palavras que podem desenhar o AMOR...
Todos temos um tesouro. Independentemente do credo, da raça, do uniforme, da morada, do tipo de comida que goste, do sexo, da idade. Todos, sem excepção, temos um tesouro. E todos achamos, não sei porquê que o tesouro está longe das nossas raízes, para além dos oceanos e montanhas. Todos, sem excepção. E todos, no final, encontramos o tesouro, mesmo debaixo da pontinha do nariz, com ou sem verruga!!
É um facto da vida, é uma estória da nossa estória. Não podemos fugir, nem acelerar o passo!

segunda-feira, agosto 11, 2003

Conversa entre duas amigalhaças
A Aninhas pergunta à Joaninha, o que é um blog. E, acrescenta: "É como um diário!". Sim, como um diário. Como uma folha sem ser de papel, com funções maiores. Ou seja, no desejo último dos blogs estão a interacção entre seres, entre os blogs, entre culturas. Para além de que se pode discutir ideias, criticar e colocar sempre pontos de interrogação em afirmações que nunca são exactas. Por isso, foi muito bom conhecer este amiguinho, onde se pode aprender e ensinar!!

sábado, agosto 09, 2003

I cry when angels deserve to die
Ás vezes magoamos as pessoas que mais amamos. Curiosamente, tendemos a magoar as pessoas que nos são mais próximas. Aquelas que só basta um olhar para perceber como estão por dentro, aquelas que nós não precisamos de abrir a boca para nos tocarem na alma. E nesse momento de asneirada, arrepiamo-nos, ficamos com os pêlos em pé, sobe o sangue à cabeça, numa incerteza estúpida se vamos ser perdoados ou não! Como podemos duvidar, afinal não são pessoas que amamos, então o perdão não pode ser uma dúvida, tem que ser uma certeza sólida!!
O pior é se acontece com um ser que não conhecemos, mas que admiramos, que não vemos, mas que percebemos. Um ser que nos mostra o mundo azul, quando insitimos em vê-lo cinzento. Um ser que é puro e mesmo assim foi inevitável usar o punhal. Um perdão com a dimensão do amor!
We don´t need van carries
Acordar de manhã, bocejar, abrir um olho, depois o outro, tudo muito devagarinho. Pousar um pé, pousar o outro. Respirar bem fundo, abrir a janela. Olhar o horizonte, sentir os primeiros raios de sol e sentir o bom-dia da manhã de um longo dia que começa a contar a partir daquele minuto. Tomar o pequeno-almoço como se fosse o último, pleno de energia. Não olhar o relógio. Isso fica para depois! Caminhar pelo dia, seguindo as vontades e desejos, quebrando regras, tocando na felicidade. Não espreitar pelo postigo e avançar sem medos, desafiando o desafio. Chegar ao fim-de-tarde com um sorriso e chegar à noite, engasgados de tantas gargalhadas! Um dia passou e fizemos tudo o que queriamos, não se perdeu um minuto, todos os segundos foram desejados e vividos!

quinta-feira, agosto 07, 2003

Nos blogs está sempre uma parte que é nossa, a nossa herança e só podem ser desenhados, sonhados por nós. Mesmo que se cite autores, blogs e afins (nomeando-os correctamente), o texto faz parte da nossa história, do nosso ser.
Porque tenho o blog? Porque posso expelir o que quiser, fazer do teclado um piano e moldar as minhas próprias notas, construindo as minhas pausas, saltando de bemol e sustenido, sustenido e bemol... E como disse no meu primeiro texto, sem quês, nem porquês! Exactamente para não explicar nada a ninguém, ser eu mesma, assustando fantasmas, fantasiando com fadas e varinhas mágicas. Escrever o que a alma dita e não o que a agenda obriga. Perceber-me melhor, e porque não? Rir e fazer rir, chorar e fazer chorar. Como diz o mote do blog, estórias com muitos sabores!!Os meus sabores, os teus sabores, os nossos sabores. Porque, afinal, eles não são, assim tão diferentes!!

segunda-feira, agosto 04, 2003

Surfistas do ar
Na edição da revista "Pública" de ontem saíu uma reportagem sobre os surfistas do ar. Nada mais, nada menos que uma dezena de homens aventureiros, juntaram-se no Alentejo e realizaram o primeiro concurso de parapente em Portugal. Convêm referir, primeiro Portugal venceu a França na candidatura para levar a cabo a edição (afinal, o nosso País tem alguma coisa boa!), segundo nem sinal de mulheres (será que o sexo feminino diz não ao parapente?).
É difícil transformar em palavras as imagens que a revista mostrava... verdes campos, montanhas altas e longínquas, onde dezenas de pontinhos coloridos voavam, voavam!! Da vista só era perceptível o horizonte e a mente ponderava: Um dia destes dirijo-me a um clube de "passarolas voadoras" (como dizia Saramago) e atrevo-me a olhar o mundo sem os pés na terra!

domingo, agosto 03, 2003

A vida como uma montanha russa
Hoje passei em frente a um parque de diversões(...) via que a maioria das pessoas entravam ali em busca de emoção, mas quando começavam a andar, morriam de medo e pediam para pararem os carros. (...) O que querem elas? Se escolheram a aventura, não deviam estar preparados para ir até ao fim? ou acham que seria mais inteligente não passar por estes sobes e desces, e ficar o tempo todo num carrossel, girando no mesmo lugar? (...) A montanha russa é a minha vida, a vida é um jogo forte e alucinante, a vida é lançar-se de pára-quedas, é arriscar-se, cair e voltar a levantar-se, é alpinismo, é querer subir ao topo de si mesmo, e ficar insatisfeita e angustiada quando não se consegue. (...)Se eu tivesse adormecido e acordado de repente numa montanha russa, que iria sentir? Bem, a primeira sensação é estar prisioneira, ficar apavorada com as curvas, querer vomitar, e sair dali. Porém, se confiar que os trilhos são o meu destino, que Deus governa a máquina, este pesadelo transforma-se em excitação. Ela passa a ser exactamente o que é, uma montanha russa, um brinquedo seguro e fiável, que vai chegar ao fim, mas, enquanto a viagem dura, preciso olhar a paisagem à volta, gritar de excitação.
Paulo Coelho
O blog jornalismus está de volta!! Depois de tanta desactualização de vários meses, vai recomeçar a sua vertente noticiosa...e imaginem, hoje nomeou o planetab612 (é que eu nem participo nele, nem nada!!!)...
Visitem: www.jornalismus. blogspot.com
Equilíbrio na vida
É sempre bom encontrar o meio da vida. Para mim equilíbrios faziam parte de estórias de livros que, confortavelmente nos dão uma visão positiva de tudo quanto nos envolve. De facto, é preciso viver nesse equilíbrio se quisermos caminhar paralelamente com a felicidade, porque no equilíbrio conciliamos o que mais gostamos de fazer com o que somos obrigados a fazer (porque os sonhos requerem obstáculos e muita luta).
Nunca me conheci assim!Encontrei o equilíbrio. Sinto que mudo um pouco todos os dias e compreendo bem aquelas palavras que surgem numa conversa, entre copos de vinho e inícios de cigarros à mistura. De repente, vejo-me a olhar atentamente o Tempo e apercebo-me que ele me respeita e, eu a ele!!
O Principezinho
"Tenho boas razões para pensar que o planeta de onde o principezinho vinha era o asteróide B 612. Este asteróide foi visto ao telescópio uma única vez, 1909, por um astrónomo turco".

sábado, agosto 02, 2003

O valor da novidade
É incrível como nos sentimos bem quando temos algo de novo. É, precisamente assim como me sinto. Orgulhosa, porque criei algo pelas minhas mãos; Incansável, porque como é novo (e meu) não consigo parar de teclar, e fresca, porque há sempre alguma coisa que apetece escrever e exteriorizar.
Um obrigada à Ana, pois foi a minha primeira visitante (presumo!)...a alma-gémea...
Para ti que sabes quem és...
O céu a brilhar e o horizonte a desaparecer. Os meus! Os teus começam a ganhar outra forma, outra vida! Tens outros horizontes, outro céu que, igualmente brilha. Tu cabes lá e quem tu quiseres! Somos vizinhos no tempo e a alma é mesma. É preciso não esquecer que há acordares diferentes!!

sexta-feira, agosto 01, 2003

As primeiras frases!
Sou eu, o planeta b612. Não, não vive aqui nenhum principezinho. Ele está no céu a ouvir o barulho da roldana a rodar e nós na terra a triunfar com os quinhentos milhões de guizinhos das estrelas. Este é mais um planeta a juntar aos muitos outros no mundo. Mas este é especial, porque é o nosso planeta. Nele podemos tropeçar em estórias, sejam elas de rir, chorar, irritar ou corar...sem quês, nem porquês...é um planeta, com a diferença do b612, e é nosso!