um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

segunda-feira, abril 30, 2007

domingo, abril 29, 2007

Le Fabuleux Destin d'Joana...

Foi um tiro em Paris. Por Paris e por ela. Ver Paris é sair da aldeia. E se não fosse por ela, eu perdia-me. Tanta luz, tanta gente, tanta vida...daquela que quase foge da memória. Viver em cidades desertas, sobretudo à noite, faz esquecer o expoente da loucura que outras cidades pintam. Não fosse o meu estômago adulterar-me, o tiro podia ser mais certeiro, mas foi dos mais felizes dias deste ano para mim. Paris é lindo. Mas não basta dizer isto, é preciso descrever, porque a cidade merece mais, do que uma frase vazia. O RER - comboio - corre não devagar, não de força, e a Torre Eiffel, espreita com um prateado cintilante a sair-lhe do vestido. O senhor e o miúdo entram no RER com as concertinas, e tornam Paris mais Paris. Não é cliché, é verdade. Há bicicletas e boinas. Há aquela música parisiense de fundo. Há o sorriso do miúdo quando se bota para o copo os cinquenta cêntimos. Há gente bonita, a exibir-se num Paris sem modéstia. Numa correria só. Chega a parecer uma orquestra sintonizada. O Sena atravessa como uma faca a cidade. Há beijos que o percorrem numa Primavera que parece um Verão quente. Há gente nas ruas. Nas pontes. Na ponte das Artes. Há sorrisos bonitos. Amigos unidos. Conhecidos e desconhecidos. Há Paris e há o Sena. Também há o Louvre. O famoso. A monalisa ou a gioconda espeta um olhar de soslaio aos visitantes. Tão desejada esta mulher e das obras mais pequenas que o Louvre oferece. Existem também os olhos aguçados do Notre Dame, e espectáculos na rua. E as pessoas na rua. É a festa da vida. Em Paris. Sem esquecer o exuberante Moulin Rouge. E o doce café da Amélie Poulain. Em Momatre. Sobe-se a colina, e descobre-se as magníficas vistas da cidade. Vê-se as setas amarelas do caminho de Santiago que a mim muito me diz. E sobra o quarto, onde passei mais tempo do que o devido, porque o estômago adulterou-me. Mas, sobretudo, sobra a amizade pela amiga europeia, do mundo. Por ter percorrido autocarros e comboios comigo. No Porto e em Paris.
[as fotos estão a caminho]











quarta-feira, abril 25, 2007

já está anotado no livro das recordações...

Mano para a mãe:

- A sala está bonita, mas faltam umas coisas na jarra!

Mãe para o mano:

- Ah!?

Mano:

- Fogo, parece que estou a falar brasileiro...

:)
morre lentamente,
aquele que não arrisca o certo pelo incerto (...)
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos (...)

Pablo Neruda

[estes versos já me serviram de impulso na altura certa e hoje dispersei a vista pelas letras...outra vez...]

domingo, abril 22, 2007

...


O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.
Em torno era Primavera, o sonho de um poeta.
Tão linda esta estória do simples e visionário Jorge Amado. A cada Primavera a decalco na cabeça, na memória, na estante, em todo o sítio...não pode ser esquecida, apenas lembrada. E, nesta Primavera, a estória quase escorregava nas artimanhas dos dias. Numa folga, a memória abriu a janela na minha cabeça do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá. Porque, O mundo só vai prestar, Para nele se viver, No dia em que a gente ver, Um maltês casar Com uma alegre andorinha, Saindo os dois a voar, O noivo e sua noivinha, Dom Gato e Dona Andorinha.
Quando acabar 'A Floresta' de Sophia, vou partilhar o Malhado e a Sinhá com o mano.

quinta-feira, abril 19, 2007

Às vezes eu vejo o silêncio. E às vezes eu sinto o silêncio nas palavras.

sábado, abril 14, 2007

«cuidado com a língua»



[joana m. soares]

promeças....presinte...ah!?

Arte, se na rua, com rigor.

quarta-feira, abril 11, 2007

O excelente Joaquim Fidalgo publica hoje uma das suas habituais e excelentes crónicas no Público.

terça-feira, abril 10, 2007

joana m. soares

[ a vertigem também dá sensações no sentido chão-céu. quantas vezes nos lembramos de fitar o céu, com receio de lá cair]

sábado, abril 07, 2007

Tendo em conta que Páscoa significa passagem, renascimento, e uma série de palavras que remetem para requalificação - interior e/ou física - a(s) minha(s) Páscoa (Páscoas) já foi (foram) e ainda vai (vão) ser. Espero.

Para vocês muitas Páscoas.