um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

terça-feira, dezembro 30, 2003

2004

Limpar o pó. As mãos com o peso do pano do pó. Devagar vou-o passando pela mesa, pelo candeeiro, pela cadeira, pelo computador, pelas caixas, pelos meus dias, pelos números que preenchem o relógio. O pó desaparece e o brilho começa a sorrir. Depois de hoje, novo pó irá nascer. É preciso espaço!
Bom Ano Novo...

segunda-feira, dezembro 29, 2003

Na dúvida, há um ponto final.
Bernardo Soares

domingo, dezembro 28, 2003

Do Senhor dos Anéis ficou...

A esperança é para loucos.

e também...

A coragem é a melhor defesa.

sábado, dezembro 27, 2003

Já li o teu blog. Nem parece teu. São muitas bocas a dizer o mesmo!

??!!!?? Mas o que é que eu tenho que o blog não tem?? Ou, o que é que o blog tem que eu não tenho??
Garanto que tem os meus genes!!
Só o amor me faz correr
Só o amor me faz ficar
Só o amor me faz perder
Só o amor me faz querer

quinta-feira, dezembro 25, 2003

Ti

Então escolheste hoje o dia para me puxares as orelhas, apertares-me a cara com as duas mãos. Safado! Olho o relógio: meia-noite e três. Três. O meu número preferido. Até nisso assinaste o momento. É verdade escrevo-te, como sempre escrevi. Descobri-te na voz da mãe a dizer: "Sacode tudo isso, vai tomar banho e deixa escorrer". E eu, ainda ouvi dentro de mim: "Sua palerma, sempre a vencer e sempre a franzir a sobrancelha". Cheguei a pensar que o que ia compor hoje seria: Apetecia trincar-te de raiva mesmo sabendo que não existes. Mas, existes e agora? Lá ando eu mascarada de balança, com dois mundos pendurados a pesar equilíbrio. Afinal, não me cortaram o cordão umbilical!

quarta-feira, dezembro 24, 2003

Porque é Natal...

O sol, como aquecedor na véspera a dar indícios de um Natal quentinho ao lado dos que mais gostamos, a recordar o que mais amamos!Palavras para quê...é Natal...muita Paz e Amor! A todos um feliz Natal!

terça-feira, dezembro 23, 2003

Duas mãos. Dois mundos diferentes em cada uma.

domingo, dezembro 21, 2003

Que bom ter a casa cheia, ter uma única morada. Viver um dia como se fosse uma vida, só em casa, porque está tudo aqui, colado nos meus braços. Hoje tive dez anos, juntamente com o resto das crianças que me acompanharam nesta tarde. Por instantes tive o mundo preso nas mãos!

sábado, dezembro 20, 2003

A noite de anteontem, apesar do pouco, porque o essencial estava lá, também foi muito fixe!

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Again

Esvaziar. Estes meses têm sido etéreos, mas, ao mesmo tempo, fugazes, a escapar pelo ar. As mãos têm tudos e nadas. Os tudos suspendem-se, fixam-se num ponto final, num círculo. Os nadas aproximam-se, vão deixando aroma, um suave paladar. Encher.

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Já me sinto a voar e a saudade entre as mãos!

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Hoje...

...vi-me fossilizada no meu caderninho. Estamos todos!
Do you belive in God?
Normaly.


Melhor do que esta resposta, no mínimo única, foi a frase que se seguiu...

...but he or she ('cause I don't know if is a she or an he) helps me a lot...

terça-feira, dezembro 09, 2003

Sabes, há rios de felicidade na minha face. Hoje vim só para estar contigo.

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Nada de semibreves, nem breves, nem trenários. Construir o mundo numa pauta de clave de sol com colcheias, semicolcheias, fusas, muitas fusas. Para que os tempos sejam rápidos e velozes. Ao ritmo do som e do vento. Por vezes, desligo a tomada dos meus sentidos.

sábado, dezembro 06, 2003

Uma vez...

...o meu encenador e amigo, Fernando Silva do grupo de teatro Renascer (de Rio Tinto), disse-me, já nem me lembro a propósito de quê, que as pessoas têm pavor à  mudança. Eu acenei afirmativamente! O Fernando, ainda continuou com uma estatística da Texas, uma empresa que já faliu. Os números traduziam que se as pessoas pudessem estar sempre iguais era ouro sobre azul. Ora, é justamente mudança que todos reivindicam, lutam contra o seu quotidiano. As paredes do corpo estremecem só em ouvir falar de mudança, ganha-se tumores!!Mas a verdade é que ao mudarmos, criamos, faz-se a revolução que se inicia cá dentro, como escreve o escritor. Por isso ele também atende, seja como a fonte que transborda e não como o tanque que contém sempre a mesma água. É assim que vejo o ser, o ser que vive comigo. Grito e luto por uma "paz inquieta", por algo mais a seguir ao algo!
Hoje quando vi o arco-íris a penetrar na minha janela e a apanhar-me de surpresa precisei de mudar mais uma coisa que pensava que ia mudar mais tarde - o planeta b612. Seja como for, é assim que chegam os momentos certos, sem tocar à  campanhia. E, assim, mudei. Porque é bom mudar, remar como queremos e sorrir com as surpresas em que tropeçamos. E imaginei: "Pelo menos tem aspecto dos embondeiros do principezinho". E lá estava ele a dizer por detrás das palavras da mãe (sempre a apoiar): "Nunca se sabe". Uma resposta para tudo.

Um reflexo...

De cachecol como uma serpente no percoço, de luvas enfiadas, o casaco todo aproveitado, colado ao corpo pela força do vento, entro no autocarro para mais uma jornada do meu dia (ou da minha vida). Sento-me ao lado de uma senhora, avozinha, de cabelos brancos e um olhar longínquo. Também eu me perco na longevidade do meu olhar. Quando reparo, estamos as duas exactamente iguais. A mesma direcção de olhar, as mesmas mãos pousadas uma sobre a outra, fincadas nas pernas que se apertam. Já reflexos de cabelos brancos...???....

terça-feira, dezembro 02, 2003

Uma voz só para mim...

Erámos muitos à espera dos tais relatos, de estórias, emoções, sinais, crenças, o sentido de cada um. Todos nós de olhos esbugalhados, penetrantes no ser que nos conseguiu apertar a respiração. Mas, aquela mulher de lenço amarelo, sobre as costas falou só para mim. Tenho a certeza, como a certeza que está nos meus seis sentidos. Estava ela de lágrima armada no olho a falar da peregrinação a Santiago. Não lhe faltou uma vírgula no seu discurso!! Partiu sozinha, sem medos e inseguranças, em busca de si e do outro, em busca de algo mais que até cabe na nossa carteira mais pequena - partiu consigo.
Foi, por ventura dos sinais mais claros da vida, com uma transparência tão pura, que eu até lhe toquei. Por isso, fiquei grávida, de sonhos, do meu sentido, dos meus ideais, de tudo o quanto nasceu comigo ontem. Faz-se o caminho, andando!!

P_________

segunda-feira, dezembro 01, 2003

Dia Mundial Contra a Sida

Sou seropositivo e percebo uma coisa que poucos percebem - o amor! Pena é o medo do abraço que quero dar e recusam, o abraço que ficou por dar!