um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

sábado, novembro 29, 2008

& II

dias há que se mora cerrada numa fotografia. daquelas mencionadas por Roland Barthes na sua Câmara Clara. que se morre e vive para sempre, ao mesmo tempo. sim, é possível viver e morrer para sempre e ao mesmo tempo. ficar dentro do rectângulo da fotografia imortal. acontece nos intervalos de tempo. nos períodos dos ponteiros. quando se assiste displicente ao correr dos dias. da vida.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Um Café

Um café no feminino traduz-se em revista.
Blend de vários sabores, a nascer de várias culturas, mais escuro, um bocadinho mais claro, menos torrado, mais torrado. Quente, morno, frio. Um restinho no fundo da chávena. Ou a roçar a borda. É uma revista assim. Feita para beber e acordar. Viver, sobretudo.

Em Serralves, nos chamados cafés culturais, como o Gato Vadio. Ela anda por ai, a fazer gemer o Porto. Tem óptimos escritores, e estórias do arco-da-velha.

Eu dou o meu contributo com a Poesia Maldita. O mérito é todo do Tomás Carneiro.

quinta-feira, novembro 27, 2008

H

de Herberto Hélder

a acerba, funda língua portuguesa,
língua-mãe, puta de língua, que fazer dela?
escorchá-la viva, a cabra!
transá-la?
nenhum autor, nunca mais, nada,
se a mão termica, se a técnica dessa mão,
que violência, que mansuetude!
que é que se apura da língua múltipla:
paixão verbal do mundo, ritmo, sentido?
que se foda a língua, esta ou outra,
porque o errado é sempre o certo disso


excerto de A FACA NÃO CORTA FOGO

quarta-feira, novembro 26, 2008

Acho que nunca apreciei tanto trabalhar as 8 horas diárias como agora. Ou até 12.

segunda-feira, novembro 24, 2008

A maioria dos políticos envolvidos no caso BPN é PSD.
A maioria dos políticos envolvidos no caso Casa Pia é PS.

quinta-feira, novembro 13, 2008

respira fundo. respira fundo. respira fundo.

outra vez. vá, tu consegues.

respira fundo. respira fundo. respira fundo.

afinal, sabes escrever e falar. à partida é fácil. mas o que é simples não se torna complicado?

[falta pouco para me refugiar numa canção dos sigur rós - onde tudo é maresia azul]

quinta-feira, novembro 06, 2008


Quando olho o ceú sinto vertigens.
Antídoto: voar!