um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

quinta-feira, abril 30, 2009

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Em certos dias, nem sabemos porquê sentimo-nos estranhamente perto daquelas coisas que buscamos muito e continuam,no entanto, perdidas dentro da nossa casa.

José Tolentino Mendonça

Em certos dias, lemos coisas que foram estranhamente escritas para nós, e estranhamente nos vêm ter às mãos. Assim, sem aviso prévio. Encontram-nos desarmados, carentes. É, por isso, que gosto tanto da poesia. A poesia é Deus. Deus apenas. Sem religião. A sua beleza consiste na certeza dela ser Deus, sem ninguém o saber, e todos o sentirem.
Frases há, que são socos. Badaladas no estômago. Imagens beatificadas. Encurraladas numa caixa de Pandora. E de lá saem, em forma gasosa para nos dar cabo de mais uma manhã. Mais uma. Em que lutamos. O mundo aberto e nós fechados. Contra o vento, num quarto circunscrito de quatro paredes. Não, oito.
Em certos dias, lemos coisas que foram estranhamente escritas para nós. Antes de nascermos. De forma a cumprir o destino. Aquele que ninguém crê, e todos o seguem. Sem grandes interrogações. Na luta de cada manhã. Mais uma para nos lembrar: que talvez será naquela manhã que o mundo virará do avesso, para assim ficar composto.justo.direito.sonhado.arrumado.

sexta-feira, abril 24, 2009

há socos de vários tipos.
de paixão.
de amor.
de ódio.
de compaixão.
de solidariedade.
há socos de prazer e outros de dor.

B. queria sentir um soco. qualquer um que fosse. só para se sentir vivo.

quarta-feira, abril 08, 2009

Gosto de fotografia. Percebo pouco. Mas gosto. Muito.

Não páras quieta

Esta era a frase predilecta da Mãe quando ralhava comigo em pequena.

Não páro quieta mesmo:

http://www.flickr.com/photos/planetab612/

terça-feira, abril 07, 2009

O ministro da Economia, Manuel Pinho, disse hoje que não gostava de desempenhar tal cargo num País em dificuldades[como é o caso de Portugal]. Contudo, dadas as circunstâncias, devemos dar o nosso melhor - ainda desabafou.

E eu concordo e subscrevo aquelas palavras: eu, por meu turno, também não me apraz lá muito ser cidadã deste País. Podia-me ter calhado na roda da sorte outro bem melhor, mas também podia ser pior. Portanto, dadas as circunstâncias, tento fazer o meu melhor.

É este um pouco o espírito português: ninguém gosta, todos lamentam, faz-se o melhor.

quinta-feira, abril 02, 2009