Em certos dias, nem sabemos porquê sentimo-nos estranhamente perto daquelas coisas que buscamos muito e continuam,no entanto, perdidas dentro da nossa casa.
José Tolentino Mendonça
Em certos dias, lemos coisas que foram estranhamente escritas para nós, e estranhamente nos vêm ter às mãos. Assim, sem aviso prévio. Encontram-nos desarmados, carentes. É, por isso, que gosto tanto da poesia. A poesia é Deus. Deus apenas. Sem religião. A sua beleza consiste na certeza dela ser Deus, sem ninguém o saber, e todos o sentirem.
Frases há, que são socos. Badaladas no estômago. Imagens beatificadas. Encurraladas numa caixa de Pandora. E de lá saem, em forma gasosa para nos dar cabo de mais uma manhã. Mais uma. Em que lutamos. O mundo aberto e nós fechados. Contra o vento, num quarto circunscrito de quatro paredes. Não, oito.
Em certos dias, lemos coisas que foram estranhamente escritas para nós. Antes de nascermos. De forma a cumprir o destino. Aquele que ninguém crê, e todos o seguem. Sem grandes interrogações. Na luta de cada manhã. Mais uma para nos lembrar: que talvez será naquela manhã que o mundo virará do avesso, para assim ficar composto.justo.direito.sonhado.arrumado.
um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
quinta-feira, abril 30, 2009
sexta-feira, abril 24, 2009
quarta-feira, abril 08, 2009
Gosto de fotografia. Percebo pouco. Mas gosto. Muito.
Não páras quieta
Esta era a frase predilecta da Mãe quando ralhava comigo em pequena.
Não páro quieta mesmo:
http://www.flickr.com/photos/planetab612/
Esta era a frase predilecta da Mãe quando ralhava comigo em pequena.
Não páro quieta mesmo:
http://www.flickr.com/photos/planetab612/
terça-feira, abril 07, 2009
O ministro da Economia, Manuel Pinho, disse hoje que não gostava de desempenhar tal cargo num País em dificuldades[como é o caso de Portugal]. Contudo, dadas as circunstâncias, devemos dar o nosso melhor - ainda desabafou.
E eu concordo e subscrevo aquelas palavras: eu, por meu turno, também não me apraz lá muito ser cidadã deste País. Podia-me ter calhado na roda da sorte outro bem melhor, mas também podia ser pior. Portanto, dadas as circunstâncias, tento fazer o meu melhor.
É este um pouco o espírito português: ninguém gosta, todos lamentam, faz-se o melhor.
E eu concordo e subscrevo aquelas palavras: eu, por meu turno, também não me apraz lá muito ser cidadã deste País. Podia-me ter calhado na roda da sorte outro bem melhor, mas também podia ser pior. Portanto, dadas as circunstâncias, tento fazer o meu melhor.
É este um pouco o espírito português: ninguém gosta, todos lamentam, faz-se o melhor.
quinta-feira, abril 02, 2009
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