No meio do nada com tudo, as planícies como pano de fundo, e "Aquele Abraco" no rádio.
O teu olhar no meu. E o nosso no horizonte.
Du hast mich.
um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
quarta-feira, maio 31, 2006
sexta-feira, maio 26, 2006
Da Vinci Code
O livro "Da Vinci Code" é interessante nas páginas que fala sobre símbolos, criptologia, e até dos próprios quadros Da Vinci, o resto é ficção e suspence.
O filme "The Da Vinci Code" é uma série de capítulos mal interpretados do livro, está demasiadamente escuro, e não dá uma percepção clara da ficção que o livro oferece. Uma desilusão, portanto.
O filme "The Da Vinci Code" é uma série de capítulos mal interpretados do livro, está demasiadamente escuro, e não dá uma percepção clara da ficção que o livro oferece. Uma desilusão, portanto.
quinta-feira, maio 18, 2006
Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça e contar histórias ricas que ainda não viajei! Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! Verdadeiro.
encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado. Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!
Confidências, Almada Negreiros
Vem ouvir a minha cabeça e contar histórias ricas que ainda não viajei! Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! Verdadeiro.
encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado. Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!
Confidências, Almada Negreiros
terça-feira, maio 09, 2006
Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direcções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, não quebrem meu ser, não partam meu corpo
Ricardo Reis, 1935
Continuo a construir o puzzle da Vida, mesmo com a maré alta e vento forte.
Tendendo em todas as direcções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, não quebrem meu ser, não partam meu corpo
Ricardo Reis, 1935
Continuo a construir o puzzle da Vida, mesmo com a maré alta e vento forte.
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