Vejo-me sentada numa cadeira de uma mesa de uma das salas de uma determinada empresa de recursos humanos. Pedem-me para fazer testes. Psicotécnicos. Aqueles cheios de figuras geométricas. De palavras. Tudo desordenado. Para ordenar. Vejo-me e revejo-me. E ao colocar ordem nas figuras e palavras catalogadas abaixo dos meus olhos, rasgo tudo em pensamento. Assassino aqueles papéis mentirosos e insultuosos. Deixo-os morrer a conta-gotas. Entregues à dor.
Depois de tanta tinta borrada num currículo elaborado a custo [quer por mim, quer por aqueles que incondicionalmente tratam de mim]. a á r d u o custo. pedem-me para fazer uns testes. Como se fossem estes testes que traduzissem a minha sanidade intelectual.
[o título quer transparecer que tudo o que consta na minha vida foi por puro divertimento, prazer e emoção. feito a custo, mas também muito sonhado, por isso sou feliz, ainda assim, ainda vivendo e convivendo no País torpe de Eça]
um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
terça-feira, março 31, 2009
sábado, março 21, 2009
...a gente aceita as coisas sem as pensar, deve ser a defesa instintiva da espécie e da paz social. mesmo as coisas mais superficiais. a gente leva tempo a aprender as regras de trânsito num certo bairro e um dia mudam as regras e nunca ninguém pergunta porquê. a gente aceita tudo como aceita as pedras e as moscas, o mais que pode é sacudi-las mas não as discute...
Vergílio Ferreira, em nome da terra
Vergílio Ferreira, em nome da terra
domingo, março 08, 2009
insólito caso
quatro da manhã...
faltam uns escassos segundos para passar a película dos sonhos - - -
os pesadelos têm sessão marcada para as seis horas. a fotografia quer expandir-se até ao horizonte de uma madrugada azul.
alguém me diz, uma voz à solta e desprendida: rumo ao norte dos passos gélidos, das pegadas mórbidas.
relutante, a fotografia conta um barco a navegar horizonte fora...conta, também, um corpo coberto por cores vivas, apertado pelo desejo de tocar na linha horizontal da madrugada azul.
calma.
o horizonte não gosta de ser acordado de rompante. precisa de um dedo de cada vez. enfim, de um mimo...para a aguarela da madrugada azul não mudar de cor.
faltam uns escassos segundos para passar a película dos sonhos - - -
os pesadelos têm sessão marcada para as seis horas. a fotografia quer expandir-se até ao horizonte de uma madrugada azul.
alguém me diz, uma voz à solta e desprendida: rumo ao norte dos passos gélidos, das pegadas mórbidas.
relutante, a fotografia conta um barco a navegar horizonte fora...conta, também, um corpo coberto por cores vivas, apertado pelo desejo de tocar na linha horizontal da madrugada azul.
calma.
o horizonte não gosta de ser acordado de rompante. precisa de um dedo de cada vez. enfim, de um mimo...para a aguarela da madrugada azul não mudar de cor.
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