quatro da manhã...
faltam uns escassos segundos para passar a película dos sonhos - - -
os pesadelos têm sessão marcada para as seis horas. a fotografia quer expandir-se até ao horizonte de uma madrugada azul.
alguém me diz, uma voz à solta e desprendida: rumo ao norte dos passos gélidos, das pegadas mórbidas.
relutante, a fotografia conta um barco a navegar horizonte fora...conta, também, um corpo coberto por cores vivas, apertado pelo desejo de tocar na linha horizontal da madrugada azul.
calma.
o horizonte não gosta de ser acordado de rompante. precisa de um dedo de cada vez. enfim, de um mimo...para a aguarela da madrugada azul não mudar de cor.
1 comentário:
adorei querida, muito bom!
Enviar um comentário