um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
quinta-feira, outubro 11, 2012
o jornalismo
ando com as palavras anoitecidas.
preciso de páginas em branco para perceber o que tem acontecido.
para madrugar os pensamentos.
estou com os sonhos de criança tingidos. sinto-me só na minha profissão. sinto que a minha profissão está à deriva.
dizem que os jornalistas são colaboradores.
que a tinta está cara.
e que o melhor é atirar tiros às pessoas que escolheram o jornalismo, que escolheram ser felizes.
as crianças no meu tempo de criança queriam ser tudo o que não são hoje. porque naquela época não imaginavam o futuro. nem davam importância ao que queriam ser.
eu sabia. eu quis desde que me conheço ser jornalista. e é um grande privilégio sê-lo.
para dar voz a quem não consegue gritar.
para espelhar uma sociedade no trapézio da vida.
de repente.
cresço. e há uma sensação preocupante e séria em torno do jornalismo.
há uma tendência para algemá-lo. calá-lo.
há aqui uma tentativa de homícidio.
não foi por isto que me apaixonei.
o jornalismo ensina a liberdade.
evoca a liberdade.
grita o grito.
eugénio de andrade disse num verso que é urgente o amor.
é urgente insurgirmo-nos.
é urgente desamarrar.
é urgente lembrar de onde vem o jornalismo para sabermos quem é ele.
é urgente respeitar o jornalismo.
não pode ser isto, o jornalismo.
não pode ser despedimento. nem colaboradores.
é urgente recordar a paixão do jornalismo. os seu valores.
é urgente fazer jornalismo.
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