um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
sábado, novembro 29, 2003
Matar o sonho II
O sonho repete-se constantemente. Já é crónico! Como enganar o sonho, como desviá-lo, abafá-lo na escuridão infinita? Acordo com as palavras já gravadas na forma dos lábios: Foi só um sonho. Mas, nunca é só um sonho. A noite prolonga-se pelo dia.
sexta-feira, novembro 28, 2003
O princípio e o fim de FP
"Não estou cansada..."
...de adormecer e acordar, de sair de casa e voltar, de andar, de correr, de sonhar, de passear, de trabalhar, de escrever, de comer e beber, de pestanejar, de beijar e abraçar, de sorrir, de ouvir, de falar, de aturar, de ver, de ir ao cinema e ao teatro, de telefonar, de explicar, de ter paciência, de cuidar, de ter ideias, de iluminar, de dar explicações, de acreditar, de pedir, de dar e receber, de dormir, de sonhar acordada, de me chatear, de chorar, de magoar e ser magoada, de andar de guarda-chuva na mão, de dar a mão, de dizer bom-dia e boa-noite...
"Pronto, estou cansada!..."
...de adormecer e acordar, de sair de casa e voltar, de andar, de correr, de sonhar, de passear, de trabalhar, de escrever, de comer e beber, de pestanejar, de beijar e abraçar, de sorrir, de ouvir, de falar, de aturar, de ver, de ir ao cinema e ao teatro, de telefonar, de explicar, de ter paciência, de cuidar, de ter ideias, de iluminar, de dar explicações, de acreditar, de pedir, de dar e receber, de dormir, de sonhar acordada, de me chatear, de chorar, de magoar e ser magoada, de andar de guarda-chuva na mão, de dar a mão, de dizer bom-dia e boa-noite...
"Pronto, estou cansada!..."
quinta-feira, novembro 27, 2003
Matar o sonho
Alguém me faculta o contacto do sindicato dos sonhos? Há manhãs em que acordo com sede de sangue, com vontade de matar o sonho e cortar com aquelas imagens que arrancam suores durante a noite. Palavras, seres, cores, sons...atormentam aquele segundo de consciência quando acordo. Afinal, o que são os sonhos, como interpretá-los? Aquela tela pintada, aquela peça de teatro a que assisto sem poder tocar ou mudar o cenário...argh!!...
Tenho as mãos suadas de empurrar os sonhos para longe e remar para a realidade...
Tenho as mãos suadas de empurrar os sonhos para longe e remar para a realidade...
domingo, novembro 23, 2003
Sabem como se arranja um «take» da Lusa? Acertam-se as linhas, conjungam-se os verbos, cortam-se palavras, por causa do espaço, vêem-se os complementos de tempo. Enfim, faz-se obras ao texto. Agora, finjo ser eu um texto e faço, exactamente o mesmo comigo: lavo a alma, acerto o coração, corto os "embondeiros"!!
Time is never time at all...
Time is never time at all...
sábado, novembro 22, 2003
sexta-feira, novembro 21, 2003
"Contra Legem"
No dia não são só raios de sol ou pingos de chuva que entram pelas janelas da alma, também imagens, estórias tuas e nossas tocam o chão do meu ser. A mente confia-te os minutos que os pulmões respiram, o sangue que o coração bombeia. Curtas-metragens. Hoje foi mais um dia que passou. E vida é este espaço vazio e instante demente.
No dia não são só raios de sol ou pingos de chuva que entram pelas janelas da alma, também imagens, estórias tuas e nossas tocam o chão do meu ser. A mente confia-te os minutos que os pulmões respiram, o sangue que o coração bombeia. Curtas-metragens. Hoje foi mais um dia que passou. E vida é este espaço vazio e instante demente.
domingo, novembro 16, 2003
2=1
Outra razão me trouxe ao posting do blog. Ao espaço em branco. Mas, mesmo antes de clicar sobre o posting, cliquei no link nós. Inevitável! Já a Sara teve a mesma pulsão que agora a sinto e escreveu sobre o Teu e a Tua. Dois nomes que redundam num nós. Porque o mundo tem sempre um nós que nos procura, que transforma um Teu e uma Tua num Eu, que longe ou ao perto ama-se porque se ama. Como me recordas-te Tua e como já havia feito a a_dee, amo como ama o amor. Não conheço outra razão de amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? (FP).
Como diria o Benjamim...obrigado, obrigado...pelo bom momento que um nós proporciona.
Outra razão me trouxe ao posting do blog. Ao espaço em branco. Mas, mesmo antes de clicar sobre o posting, cliquei no link nós. Inevitável! Já a Sara teve a mesma pulsão que agora a sinto e escreveu sobre o Teu e a Tua. Dois nomes que redundam num nós. Porque o mundo tem sempre um nós que nos procura, que transforma um Teu e uma Tua num Eu, que longe ou ao perto ama-se porque se ama. Como me recordas-te Tua e como já havia feito a a_dee, amo como ama o amor. Não conheço outra razão de amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? (FP).
Como diria o Benjamim...obrigado, obrigado...pelo bom momento que um nós proporciona.
sexta-feira, novembro 14, 2003
As vidas estão guardadas em caixas. A minha está repartida por várias caixas. Hoje abri uma caixa pequenina a germinar estórias. Respirei o passado e toquei-lhe. Atravessei páginas e folhas soltas, fotografias pelo meio, folhas de árvores diminutas no tamanho. Perdi-me pelo tempo. Descobri tantos olhares pelo azul e preto da caneta. Descobri seres, coscuvilhei a alma, vi rosas murchas, sorrisos, chuva a cair e o sol a nascer. Vi um mundo em construção! Descobri, também uma carta, uma carta, cujo destinatário é Deus...entre papel de rebuçado, para lembrar o que advinhava esquecido, lá estava ela a perguntar o que encontro, agora nesta pele que me calhou, nestes olhos que me denunciam...
...perdida nos braços do mundo
navegando nas ondas frias do mar, escondo-me da vida e de mim
protego-me no algodão de seda que me cobre a pele e o olhar revelador
que poisa na superfície da terra, como uma fada no ramo de uma árvore...
Oh! Não há estrelas. No meu dia não há estrelas...a quem pedir desejos...elevo a voz interior vinda do espírito, desabrocho a alma e todas as estrelas que vivem acima do nevoeiro que nos atomiza, sublimam-se...dizer amar o universo, mas só aquele para lá do nevoeiro...espero que ainda não me tenha entranhado e que a minha alma seja tão límpida, quanto sublime para atravessar o nevoeiro e fazer com que as estrelas me ouçam no meu dia...e será que algum dia foi nosso?... (a 10 de Fevereiro de 2003).
...perdida nos braços do mundo
navegando nas ondas frias do mar, escondo-me da vida e de mim
protego-me no algodão de seda que me cobre a pele e o olhar revelador
que poisa na superfície da terra, como uma fada no ramo de uma árvore...
Oh! Não há estrelas. No meu dia não há estrelas...a quem pedir desejos...elevo a voz interior vinda do espírito, desabrocho a alma e todas as estrelas que vivem acima do nevoeiro que nos atomiza, sublimam-se...dizer amar o universo, mas só aquele para lá do nevoeiro...espero que ainda não me tenha entranhado e que a minha alma seja tão límpida, quanto sublime para atravessar o nevoeiro e fazer com que as estrelas me ouçam no meu dia...e será que algum dia foi nosso?... (a 10 de Fevereiro de 2003).
quinta-feira, novembro 13, 2003
sábado, novembro 08, 2003
Le Petit Prince
O meu grande e puro amigo Rósb612 recordou-me como é um dia com o principezinho. E, então é assim:
O principezinho vive no seu planeta, b612, onde arranca as ervas daninhas para não crescerem os embondeiros, limpa os seus vulcões, porque "nunca se sabe", podem entrar em erupção, protege a sua rosa do vento, porque ela é muito vaidosa e, no final do dia, o principezinho contempla o pôr do sol. Houve um dia que ele viu 43 pores do sol. Será que estava assim tão triste?
O meu grande e puro amigo Rósb612 recordou-me como é um dia com o principezinho. E, então é assim:
O principezinho vive no seu planeta, b612, onde arranca as ervas daninhas para não crescerem os embondeiros, limpa os seus vulcões, porque "nunca se sabe", podem entrar em erupção, protege a sua rosa do vento, porque ela é muito vaidosa e, no final do dia, o principezinho contempla o pôr do sol. Houve um dia que ele viu 43 pores do sol. Será que estava assim tão triste?
domingo, novembro 02, 2003
Cuspo o negro que te cobre. Essa fragilidade já mete nojo, mais parece uma teia de aranha! Cortaram-te o cordão umbilical para caminhares e correres, não para adormeceres como uma falsa Bela Adormecida. Idiota! Calca as pedras com os ensinamentos que o mestre te deu e não te rendas ao medo. Quero lá saber se me odeias ou não, se o mundo te embacia os olhos ou te atormenta as estórias que escondes debaixo das pálpebras. Frende-me essa tua displicência.
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