um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

sexta-feira, julho 20, 2007

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Caminho tantas vezes na mesma rua, que até a podia fazer de olhos fechados: conheço cada pedra do caminho, o ritmo da passadeira, a sua hora de ponta, quando a luz deambula de verde e vermelho. Decorei os sapatos de cada um que por lá passa.

Ontem, pareceu-me ter visto, justamente o Al Berto. E segui-o. Aquele homem, de costas, era o Al Berto. E deixei-me levar pela mentira. O Al Berto morreu. E, se fosse vivo, era pouco provável que serpenteasse pelo Campo 24 de Agosto. De qualquer modo, como se eu disser mar em voz alta, julgo que ele entra pela janela, decidi render-me à (des)ilusão.

O olhar era o do Al Berto, perdido no ar, o rosto penetrante, ao andar parecia que levantava voo. E o cabelo, esse, era tão despenteado, que me pareceu, que passou a noite a pensar, a pensar, a pensar. Acendeu um cigarro.

Só rasguei o pensamento, quando, o homem, encontrou os meus olhos, e, neles não lhe descobri nenhum verso.

4 comentários:

Sandra disse...

Parabéns com o teu principezinho! :))

V. disse...

ainda não encontrei nenhum al berto no meu caminho...

és uma sortuda! :p

beijinhos*

37º elemento disse...

Onde é que já li isto?... :P é-me familiar...

liliana pacheco disse...

caminhamos lado a lado na mesa rua :D ... e atravessamos a estrada a correr, com os carros a buzinarem, para irmos ao café so sr.velhinho!