um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

segunda-feira, setembro 22, 2008

sem título

É no silêncio de uma tarde morta
que acendes os ponteiros que batem
cá dentro,
dentro deste aparelho avariado
que é o meu coração.
Nadas na água morna das tardes de domingo
quando os pensamentos tiram férias,
e os sentimentos regressam ao trabalho.
Agitas as notas musicais de uma melancolia
que cresce em dó maior: a melancolia de um corpo vazio riscado numa pauta abandonada.
É no silêncio de uma tarde morta
que regressas a este sangue quente em todo o teu vigor.
És uma fotografia a preto e branco,
que adormece lentamente debaixo do cobertor que é a minha pálpebra.
É aqui que transpiramos os dois: debaixo da minha pálpebra, onde os sonhos têm carteiro, onde a pele se chama paixão, e o prazer tem o teu nome.

2 comentários:

Anónimo disse...

De hoje a 8 já sabes.
Quero ouvir estas palavras, em alto e bom som.

Joana M. Soares disse...

oh!