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quinta-feira, fevereiro 13, 2014

ao r.p.r. Como posso dizer que gosto de ti? De que forma? Que gestos manobrar? Que palavras escolher? Dizer que te gosto é pouco. Diminuto face à dimensão do amor. Do meu amor. Não gosto de ti. Não posso reduzir o farol da minha noite a esse verbo pequeno e banal. Como poderei usar a palavra gostar Para o tamanho das nossas almas? Para nós? Eu gosto de esparguete. Mas tu não és esparguete. És a água em ebulição, o vulcão em erupção, o mar agitado a espalhar correrias. Gosto de andar no passeio com os olhos postos no céu. Disto gosto. Também gosto dos cabelos a voar atrás dos ombros. Estas coisas eu gosto. São coisas. Materiais de vida. Mas tu és grande de mais para gostar. E gostar pequeno de mais para ti. Não encontro na minha pátria linguagem que te associe. Procuro no vento pedaços de voz, Pergunto ao mar o que te dizer, Espreito entre os dedos sinais para te dedicar a melhor expressão do meu coração. Mas o meu coração está desprovido de palco, Porque não encontra a melhor peça de teatro. Onde tudo vale, nem o gostar vale. Não gosto de ti. Amo-te.

4 comentários:

rpr disse...

Meu lindo Amor. Tens os olhos lindos e grandes. Repletos desse sentimento que enobreces.
Gosto de te Amar. Sinto-me um Rei ao caminhar junto ao lado.
Tu és o Amor.
Amo-te por tudo isto e todo o resto.
rpr

Anónimo disse...

Acabei de me comover a ler esta extraordinária declaração! Ganhei o dia! Beijinhos e abraço. Zé Miguel

Anónimo disse...

É bom amar e ser amado :-)

Joana M. Soares disse...

:-)