Às sete da manhã
as pérolas batem-me à porta.
Eu sorrio em concha
alargo os sonhos e abro muito os braços em jeito de abraço.
Gosto de lâminas a apunhalarem as persianas.
Sinto o corte feliz do sangue em jacto.
Às sete da manhã o sono pára
o sonho continua o desassossego calmo de quem
espera o amor em visita.
Às sete da manhã as persianas são apunhaladas
o sangue corre como sempre correu
E eu sinto o corte feliz de quem ama persianas apunhaladas.
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