um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

segunda-feira, julho 21, 2014

Homem-relâmpago

Homem relâmpago que

lampejas,

Que me mergulhas no

olhar,

Com olhos de folha de

outono

Com a força do inverno,

Que ofereces ouro com

os teus poderes de

alquimia,

Que trazes escondidos

no peito,

Onde está a porta para o

teu incêndio?

Amas-me como as

folhas se amam em

vendaval.

Tocas-me como o mar

na areia.

Andas ébrio de amor

que te escorrega pela

boca,

Vazio como uma

azeitona sem caroço,

Cheio de sono como

um bebé acabado de

amamentar,

Diz-me,

Onde fica o teu norte, e

já agora, o teu sul?

Iluminas-me sem luz.

Diz-me,

Homem relâmpago que

lampejas,

Até onde vai o teu

coração,

Que eu mal vejo o seu

horizonte.

Lampejos de loucura no

teu cabelo que voa,

Que rema além do céu

navegável.

Sorri-me na pele,

E eu conto-te o meu

segredo,

Molha-me com

lampejos, Homem

relâmpago

Que eu desmaio de

temores de ternura.

Deixo a janela aberta

para as tuas fotografias

nocturnas.

Apenas, diz-me,

Homem, sou pérola na

tua concha?

Porque, se for,

Eu sou o raio do teu

lampejo,

O maior verso da

explosão do universo.

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