Homem relâmpago que
lampejas,
Que me mergulhas no
olhar,
Com olhos de folha de
outono
Com a força do inverno,
Que ofereces ouro com
os teus poderes de
alquimia,
Que trazes escondidos
no peito,
Onde está a porta para o
teu incêndio?
Amas-me como as
folhas se amam em
vendaval.
Tocas-me como o mar
na areia.
Andas ébrio de amor
que te escorrega pela
boca,
Vazio como uma
azeitona sem caroço,
Cheio de sono como
um bebé acabado de
amamentar,
Diz-me,
Onde fica o teu norte, e
já agora, o teu sul?
Iluminas-me sem luz.
Diz-me,
Homem relâmpago que
lampejas,
Até onde vai o teu
coração,
Que eu mal vejo o seu
horizonte.
Lampejos de loucura no
teu cabelo que voa,
Que rema além do céu
navegável.
Sorri-me na pele,
E eu conto-te o meu
segredo,
Molha-me com
lampejos, Homem
relâmpago
Que eu desmaio de
temores de ternura.
Deixo a janela aberta
para as tuas fotografias
nocturnas.
Apenas, diz-me,
Homem, sou pérola na
tua concha?
Porque, se for,
Eu sou o raio do teu
lampejo,
O maior verso da
explosão do universo.
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