Não é que me faças falta. Gosto de me ter a mim, só para mim. Assim.
Mas vejo-te e revejo-te, ainda, a serpenteares-te da cozinha para o quarto, do quarto para a casa-de-banho. Vives, muitas vezes dentro das pálpebras. De algum modo, ainda estás agarrado aos lenções já velhos, já feios e mal cheirosos. Ainda estás em alguma hora do relógio que trago no pulso. Passeas-te confortavelmente nos corpos das outras pessoas. Estás sem estares. Ainda. Mas não para sempre.
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