(pelo telefone)
J: sra. dona Maria?
sra. dona M.: Eu não estou!
Por vezes eu também não estou. Estou e não estou. Vagueio a quilómetros à frente, além o futuro. E, por isso, não estou. Porque além o futuro, apenas existe o quadro da saudade de uma estação que não se sabe, de uma paisagem que não se adivinha, e de um passeio que não se sente. Eu percebi a sra. dona Maria, quando esmoreceu que não estava (em casa). Na verdade, estava alheia à realidade de um presente que se adia sempre. O hoje é realidade, o amanhã é sonho.
Eu não estou = se me beliscares acordas-me do sonho
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