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quarta-feira, maio 15, 2013

de manhã há um nevoeiro que persiste. e impede-me de visualizar os quilómetros que os meus pés já percorreram. trilhos sinuosos, altos e baixos, com sol intenso e chuva dura. e eu continuei a caminhar. a favor do vento. contra o vento. mas ...nunca parei. nem mesmo quando salpicos de sangue rompiam a roupa. mas, por vezes, há um nevoeiro que se acomoda e não me deixa ver tudo o que sou. mas sei, do fundo de mim, tudo o que preciso fazer é inspirar e expirar. porque quando o ar sair, sacode a bruma do nevoeiro. e nesse momento, entre um sopro e outro, eu vou ver, quem sou. o meu passado, presente e futuro. o que quero e o que não quero. as minhas cores, formas, o meu chão e o meu céu.

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