não sei bem se preciso de um «ethernal sunshine» ou de um «spotless mind».
um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.
sábado, outubro 13, 2007
quinta-feira, outubro 11, 2007
sexta-feira, setembro 14, 2007
homesick
someone who needs somewhere
london-calling-joana
[eu vou estar ali a pintar fotografias que os meus olhos dançarinos gravam. volto sempre que o meu planeta chamar]
london-calling-joana
[eu vou estar ali a pintar fotografias que os meus olhos dançarinos gravam. volto sempre que o meu planeta chamar]
quinta-feira, setembro 13, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
quinta-feira, setembro 06, 2007
terça-feira, setembro 04, 2007
segunda-feira, setembro 03, 2007
sábado, setembro 01, 2007
quinta-feira, agosto 30, 2007
Eu hei-de amar uma pedra
Foi com o dia a terminar no horizonte que me lembrei de ti. Do grito que esvoaça a cada novo morrer. Da probabilidade. Do medo. Da perda.
Estás velho. Já caminhas pela vida, porque ela ainda não acabou contigo como acabou comigo. Foi com o som estridente de um piano gasto, em dó maior, que me ensinaste, a sair fora de mim, para entrar de novo em mim - do lado inverso.
De facto, as tuas rugas assustam-me: antecipam-me a morte. E só de te olhar sinto-te a falta. De ti e das tuas coisas e palavras e sentidos.
Incomoda saber que te percorro os passos. Os que te levarão ao cemitério, onde repousarás, debaixo de uma pedra. As flores serão saudade. E essa pedra uma vertigem.
"Eu hei-de amar uma pedra"
Estás velho. Já caminhas pela vida, porque ela ainda não acabou contigo como acabou comigo. Foi com o som estridente de um piano gasto, em dó maior, que me ensinaste, a sair fora de mim, para entrar de novo em mim - do lado inverso.
De facto, as tuas rugas assustam-me: antecipam-me a morte. E só de te olhar sinto-te a falta. De ti e das tuas coisas e palavras e sentidos.
Incomoda saber que te percorro os passos. Os que te levarão ao cemitério, onde repousarás, debaixo de uma pedra. As flores serão saudade. E essa pedra uma vertigem.
"Eu hei-de amar uma pedra"
segunda-feira, agosto 13, 2007
Fui para os bosques viver deliberadamente. Queria viver profundamente e sugar o tutano da vida. E, não, quando morrer, descobrir que não vivi.
in Clube dos Poetas Mortos
Nem sempre a cadeira é o lugar mais privilegiado para se ver o mundo. Para vê-lo é preciso ousar subir mesas, telhados, descer a caves, condutas. E nem sempre a cadeira é o lugar mais seguro.
in Clube dos Poetas Mortos
Nem sempre a cadeira é o lugar mais privilegiado para se ver o mundo. Para vê-lo é preciso ousar subir mesas, telhados, descer a caves, condutas. E nem sempre a cadeira é o lugar mais seguro.
domingo, agosto 12, 2007
Miguel de Cervantes. Torga de planta. Miguel Torga de telúrico desde há cem anos.
Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel
Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel
sábado, agosto 11, 2007
O blog a baixa do porto dá nota do documentário Miguel Torga, o meu Portugal a rodar amanhã (dia 12) pelas 21h15. A não perder, mesmo!...ainda se vai produzindo televisão a norte...
Eu chamo a atenção para o seguinte: (o estimado) professor de Produção Audiovisual da U.M. e realizador Ângelo Peres.
Eu chamo a atenção para o seguinte: (o estimado) professor de Produção Audiovisual da U.M. e realizador Ângelo Peres.
quarta-feira, agosto 08, 2007
[do ALA, este é o preferido V., adivinhas-me]
Porque motivo apenas te aproximas de mim quando queres fazer amor? No resto do tempo chegas do banco e és só jornal e calças no sofá, se tento falar-te o jornal treme de zanga, sobe mais um pouco, as pernas cruzam-se, impacientes, em sentido contrário, o sapato fica a dar e dar no vazio, toco-te e encolhes-te, faço-te uma festa no cabelo e a cabeça diminui de tamanho, arrepiada, um protesto ronca das notícias
- O que foi agora?- Já nem se pode ler em paz?- Fazes o favor de não me despentear?
jantas calado a rolar bolinhas de pão entre suspiros, desapareces antes que eu acabe de comer, nem uma palavra para a minha saia nova, uma pergunta sobre como me correu o dia nas finanças, um beijo, ficas de mãos nos bolsos a olhar o prédio em frente, atiras o canal para o desporto quando começa a novela, aborreces-te do desporto, carregas no botão e reaparece a novela
- Olha essa porcaria à tua vontade
tudo te enjoa, te aborrece, te cansa e uma vez por semana, quando já estou meia a dormir, o teu braço a arrepelar-me, o ombro que me aleija, uma vertigem rápida, um camião a abanar o prédio na rua, eu a fixar os números luminosos do despertador ao lado das tuas costas indiferentes, o que aconteceu, amor, para mudares assim tanto
(- Não mudei nada, que mania)
ao conhecermo-nos, há dez, minto, há onze anos, chegavas-te a mim embrulhado em vénias de timidez, a ensaboar as mãos, com o sorriso borboleteando em volta da boca sem se atrever a poisar
- Um dia destes convido-a para um café, menina Clara
tão atencioso, tão terno, tão preocupado comigo, a notar quando eu mudava de brincos, de penteado, de anel
- Que bem lhe fica a franja, menina Clara
o meu pai simpatizou logo contigo por te levantares, com o tal sorriso a adejar, mal eu entrava na sala, o que aconteceu, amor, para mudares assim tanto
(- E ela a dar-lhe, que gaita)
descíamos para a muralha do rio, em Novembro, com as gaivotas todas na praia, corríamos de mão dada a assustar os pássaros, achavas-me graça, achavas-me bonita, dizias que eu ficava linda a correr
- Parece mesmo uma gaivota, sabia?
que qualquer dia me escapava de ti, a bater as asas no rasto de um cargueiro turco, perguntavas-me ao ouvido, aflitissimo, ansioso
- Nunca me deixa, pois não?
(- As fantasias que tu vais buscar, meu Deus)
apertavas-me tanto pela cintura que quase não conseguia respirar, por favor explica-me o que fiz de mal para mudares assim tanto, ainda sou capaz de correr da mesma maneira se voltarmos à praia em Novembro, que é feito do teu sorriso e do ensaboar das mãos, ponho um baton diferente, a blusa decotada, os sapatos que nunca me atrevi a usar para os homens não se meterem comigo na avenida
- Ainda há quem me ache engraçada, sabias?
(- Pois que lhes faça muito bom proveito)
desço lá abaixo à muralha e fico no meio das gaivotas à espera que chegues
(- Agora deste em maluca ou quê?)
sem jornal, sem caretas, sem bolinhas de pão, a convidares-me, nervoso, para um café na esplanada, soprando pelo meio do sorriso que não pare, que não pare
- Apetece-me tanto dar-lhe um beijo, Clarinha
(- As parvoíces que a gente diz em novo, senhores)
e nisto, não sei se deste conta, as gaivotas sumiram-se todas e ficamos sozinhos, amor, só a praia e as ondas e eu tão contente, tão com a certeza
- ainda tenho a certeza
(- Cada qual tem as certezas que quer)
de sermos felizes para sempre, de podermos ser felizes se um dia me deixares; deixas não deixas, aposto que deixas,
(- Que teimosia, que insistência, já é cisma, caramba)
abraçar-te.
Porque motivo apenas te aproximas de mim quando queres fazer amor? No resto do tempo chegas do banco e és só jornal e calças no sofá, se tento falar-te o jornal treme de zanga, sobe mais um pouco, as pernas cruzam-se, impacientes, em sentido contrário, o sapato fica a dar e dar no vazio, toco-te e encolhes-te, faço-te uma festa no cabelo e a cabeça diminui de tamanho, arrepiada, um protesto ronca das notícias
- O que foi agora?- Já nem se pode ler em paz?- Fazes o favor de não me despentear?
jantas calado a rolar bolinhas de pão entre suspiros, desapareces antes que eu acabe de comer, nem uma palavra para a minha saia nova, uma pergunta sobre como me correu o dia nas finanças, um beijo, ficas de mãos nos bolsos a olhar o prédio em frente, atiras o canal para o desporto quando começa a novela, aborreces-te do desporto, carregas no botão e reaparece a novela
- Olha essa porcaria à tua vontade
tudo te enjoa, te aborrece, te cansa e uma vez por semana, quando já estou meia a dormir, o teu braço a arrepelar-me, o ombro que me aleija, uma vertigem rápida, um camião a abanar o prédio na rua, eu a fixar os números luminosos do despertador ao lado das tuas costas indiferentes, o que aconteceu, amor, para mudares assim tanto
(- Não mudei nada, que mania)
ao conhecermo-nos, há dez, minto, há onze anos, chegavas-te a mim embrulhado em vénias de timidez, a ensaboar as mãos, com o sorriso borboleteando em volta da boca sem se atrever a poisar
- Um dia destes convido-a para um café, menina Clara
tão atencioso, tão terno, tão preocupado comigo, a notar quando eu mudava de brincos, de penteado, de anel
- Que bem lhe fica a franja, menina Clara
o meu pai simpatizou logo contigo por te levantares, com o tal sorriso a adejar, mal eu entrava na sala, o que aconteceu, amor, para mudares assim tanto
(- E ela a dar-lhe, que gaita)
descíamos para a muralha do rio, em Novembro, com as gaivotas todas na praia, corríamos de mão dada a assustar os pássaros, achavas-me graça, achavas-me bonita, dizias que eu ficava linda a correr
- Parece mesmo uma gaivota, sabia?
que qualquer dia me escapava de ti, a bater as asas no rasto de um cargueiro turco, perguntavas-me ao ouvido, aflitissimo, ansioso
- Nunca me deixa, pois não?
(- As fantasias que tu vais buscar, meu Deus)
apertavas-me tanto pela cintura que quase não conseguia respirar, por favor explica-me o que fiz de mal para mudares assim tanto, ainda sou capaz de correr da mesma maneira se voltarmos à praia em Novembro, que é feito do teu sorriso e do ensaboar das mãos, ponho um baton diferente, a blusa decotada, os sapatos que nunca me atrevi a usar para os homens não se meterem comigo na avenida
- Ainda há quem me ache engraçada, sabias?
(- Pois que lhes faça muito bom proveito)
desço lá abaixo à muralha e fico no meio das gaivotas à espera que chegues
(- Agora deste em maluca ou quê?)
sem jornal, sem caretas, sem bolinhas de pão, a convidares-me, nervoso, para um café na esplanada, soprando pelo meio do sorriso que não pare, que não pare
- Apetece-me tanto dar-lhe um beijo, Clarinha
(- As parvoíces que a gente diz em novo, senhores)
e nisto, não sei se deste conta, as gaivotas sumiram-se todas e ficamos sozinhos, amor, só a praia e as ondas e eu tão contente, tão com a certeza
- ainda tenho a certeza
(- Cada qual tem as certezas que quer)
de sermos felizes para sempre, de podermos ser felizes se um dia me deixares; deixas não deixas, aposto que deixas,
(- Que teimosia, que insistência, já é cisma, caramba)
abraçar-te.
terça-feira, agosto 07, 2007
Andrew Bird
Do meu cardápio musical já faz parte este rapazola. Esta semana apaixonei-me por ele. Hoje acompanhou-me na jornada do dia. Tem sons bonitos. Partilho.
segunda-feira, agosto 06, 2007
Ele é fixe. Um gajo da rádio, que dá voltas diárias ao papel, pelo meio digital. Cafeína pura - quer os programas que dirige na RUM [ainda tenho de ouvir], quer os textos do papel, ou do mundo virtual. Ele é fixe. Desperta a curiosidade para novas músicas. É um colega amigo. Perde canetas como quem perde botões pequenos das camisas. Anda às voltas com a sacola. Às vezes parece dormir com a cabeça na lua - é isso que o torna especial. É da vanguarda. Um optimista. Atento a cada minuto do dia. Companheiro do café e do gelado. Das vagabundices do discurso. Um inconformado, como eu gosto. Tem nome de poeta clássico. Ele é fixe. Ele é um bom companheiro. Sempre aqui do lado.
Eu também vou ter saudades tuas. Até à próxima redacção...:-)
Eu também vou ter saudades tuas. Até à próxima redacção...:-)
domingo, agosto 05, 2007
resposta à maria:
blogs que gostaria de ver editados em livros:
plantar ideias
lábios de silêncio
os meus dois pés vesgos
jornada
les jours de lumiére
frutos de sombra
deixo o desafio a quem quiser participar:-)
blogs que gostaria de ver editados em livros:
plantar ideias
lábios de silêncio
os meus dois pés vesgos
jornada
les jours de lumiére
frutos de sombra
deixo o desafio a quem quiser participar:-)
quarta-feira, agosto 01, 2007
silly-season
Um dos indicadores da chamada silly-season, abrir-parêntesis, quando uma redacção, seja imprensa, televisão ou rádio, não tem nem páginas nem minutos para encher com notícias-de-facto, fechar-parêntesis, é a RTP repetir uma reportagem que passou há três meses.
sábado, julho 28, 2007
sexta-feira, julho 27, 2007
os sonhos são tão grandes. e a vida tão pequena.
Teatro.
Àfrica.
Perú.
Livros.
Poesia.
Prosa.
Filho.
Amante.
Fotografia.
India.
Nova Iorque.
Jornalista.
Jornal.
Finlândia.
Discos.
Filmes.
Dança.
os sonhos são tão grandes. e a vida tão pequena. quando a luz se abriu à pouca multidão que se estendia na plateia, só me coube na cabeça aquela frase. ainda hoje o tempo que me ocupa, mora nas entranhas da cabeça a sussurar um lacónico - os sonhos são tão grandes. e a vida tão pequena.
Teatro.
Àfrica.
Perú.
Livros.
Poesia.
Prosa.
Filho.
Amante.
Fotografia.
India.
Nova Iorque.
Jornalista.
Jornal.
Finlândia.
Discos.
Filmes.
Dança.
os sonhos são tão grandes. e a vida tão pequena. quando a luz se abriu à pouca multidão que se estendia na plateia, só me coube na cabeça aquela frase. ainda hoje o tempo que me ocupa, mora nas entranhas da cabeça a sussurar um lacónico - os sonhos são tão grandes. e a vida tão pequena.
quinta-feira, julho 26, 2007
Egas e Becas à pesca
O que descobri! Era o meu episódio favorito. Fosse assim a vida...chamava-se "peixe, peixe, peixe", e depois, vinham todos os "peixes" que quisessemos!!:-)
quarta-feira, julho 25, 2007
p-a-r-a-b-é-n-s
[scissor sisters, take your mama out]
Hoje a mulher da minha vida faz anos.
Parabéns, mãe!
terça-feira, julho 24, 2007
Aqueles dois passeavam-se ao som das ondas nocturnas a exibirem um amor-inverso-da-natureza. Homem e homem. Mulher e mulher. Provocam um odor-estranho-ao-verso-da-natureza.
À entrada da porta por onde passam para vaguearem pelo seu mundo, agitam beijos e mãos e tudo o resto fica vazio. O mundo não está perdido.
Tudo o resto é lucidez perdida para o mau estacionamento do amor.
segunda-feira, julho 23, 2007
sábado, julho 21, 2007
sexta-feira, julho 20, 2007
...
Caminho tantas vezes na mesma rua, que até a podia fazer de olhos fechados: conheço cada pedra do caminho, o ritmo da passadeira, a sua hora de ponta, quando a luz deambula de verde e vermelho. Decorei os sapatos de cada um que por lá passa.
Ontem, pareceu-me ter visto, justamente o Al Berto. E segui-o. Aquele homem, de costas, era o Al Berto. E deixei-me levar pela mentira. O Al Berto morreu. E, se fosse vivo, era pouco provável que serpenteasse pelo Campo 24 de Agosto. De qualquer modo, como se eu disser mar em voz alta, julgo que ele entra pela janela, decidi render-me à (des)ilusão.
O olhar era o do Al Berto, perdido no ar, o rosto penetrante, ao andar parecia que levantava voo. E o cabelo, esse, era tão despenteado, que me pareceu, que passou a noite a pensar, a pensar, a pensar. Acendeu um cigarro.
Só rasguei o pensamento, quando, o homem, encontrou os meus olhos, e, neles não lhe descobri nenhum verso.
Ontem, pareceu-me ter visto, justamente o Al Berto. E segui-o. Aquele homem, de costas, era o Al Berto. E deixei-me levar pela mentira. O Al Berto morreu. E, se fosse vivo, era pouco provável que serpenteasse pelo Campo 24 de Agosto. De qualquer modo, como se eu disser mar em voz alta, julgo que ele entra pela janela, decidi render-me à (des)ilusão.
O olhar era o do Al Berto, perdido no ar, o rosto penetrante, ao andar parecia que levantava voo. E o cabelo, esse, era tão despenteado, que me pareceu, que passou a noite a pensar, a pensar, a pensar. Acendeu um cigarro.
Só rasguei o pensamento, quando, o homem, encontrou os meus olhos, e, neles não lhe descobri nenhum verso.
quinta-feira, julho 19, 2007
Al Berto, "(O) Lunário"
«Sempre levei na bagagem muito pouca coisa» pensou Beno, esticando o pescoço para a frente de modo a seguir o voo sinuoso duma gaivota no enquadramento da janela.«Uma ou duas camisas, t-shirts, dois ou três pares de calças e uma infinidade de minúsculos objectos que nunca me serviam para nada. Viajei com o absolutamento necessário e ao chegar a qualquer lugar comprava o que me fazia falta, depois, assim que prosseguia caminho, deitava tudo fora. Sempre achei que o que me era útil e necessário num sítio deixaria de ser noutro...» Beno estava sentado perto da janela e olhava o mar atraves dos vidros foscos pela poeira.Desde o seu regresso, tinha o hábito de se sentar ali, como uma obsessão, ao escurecer. Imóvel, o olhar perdido por cima do mar, deixava a memória fiar os acontecimentos, laboriosamente, com o repetido movimento das marés. Não tinha mais nada que fazer. A gaivota saíra do enquadramento da janela e Beno, estendendo as pernas, voltou à posição inicial, encolhendo-se na cadeira. Suspirou acendeu um cigarro ao mesmo tempo que retomava a teia do pensamento: «Nesse tempo, não tinha casa de amigos ou em quartos de pensão, por onde ia largando um rasto de tralha que sempre transportava comigo. Tralha inútil ... mas nunca me rodeei verdadeiramente de objectos, nunca possuí coisas, e com o rodar dos anos acabei por desfazer-me dos poucos que guardei e em mim evocavam encontros felizes, fortuitas cumplicidades, ou simples travessias da noite das cidades.» Uma brisa noctuna e carregada de sal desatou a soprar. O dia começava a morrer. A espuma das ondas tornara-se quase vermelha, a água ardia. Beno sentiu-se envolto numa espécie de torpor que o cegava. Olhava o mar, pressentia-o mais do que, na verdade, o via. E tudo o que via afinal, não era senão uma mancha azulada estendendo-se a perder de vista, metalizada e ondulante, onde o crepúsculo derramava breves incêndios.
sábado, julho 14, 2007
na tarde a caminho da noite
apetecia-lhe fumar um último cigarro da vida. ela foi-se embora devagar, numa morte lenta, onde só lhe sobrava o fumo de uma realidade inconstante, e o cigarro não lhe saía da cabeça. havia remédio para tudo, menos para o fumo de uma realidade inconstante - disse-lhe um dia a avó, ou o avô, não se lembra. soprou-lhe ao ouvido um desejo, daqueles de hora de ponta, de se colocar em bicos de pés e espreitar o doce sabor de uma tarde que se despede do dia de ontem, e da proximidade de uma noite que se confunde com os dias claros. a rua, àquela rua, percorria-lhe o mapa do corpo em traços quentes e delinquentes. apetecia-lhe voltar, àquela rua, morena de suja, delgada de corpo, e onde o chão pousa no céu. na tarde a caminho da noite. o castelo foi a cura.
terça-feira, julho 10, 2007
Her skin is white cloth,
and she's all sewn apart and she has many colored pins sticking out of her heart.
She has many different zombies
who are deeply in her trance.
She even has a zombie who was originally from France.
and she's all sewn apart and she has many colored pins sticking out of her heart.
She has many different zombies
who are deeply in her trance.
She even has a zombie who was originally from France.
But she knows she has a curse on her, a curse she cannot win. For if someone gets too close to her,
the pins stick farther in.
segunda-feira, julho 09, 2007
Quando ela já estava morta, estendeu-a por terra, no meio dos caroços das ameixas, e arrancou-lhe o vestido; a onda de perfume transformou-se numa maré que o submergiu. Encostou o rosto à pele dela e passeou as narinas dilatadas desde o ventre ao peito e ao pescoço, sobre o rosto e os cabelos, regressou ao ventre, desceu até ao sexo, às coxas, ao longo das pernas brancas. Farejou-a integralmente da cabeça às pontas dos pés, e recolheu os últimos traços do perfume no queixo, no umbigo e nas covas dos braços cruzados da jovem.
Depois de a cheirar a ponto de a fazer perder a frescura, permaneceu acocorado junto ao corpo, a fim de se recompor, na medida em que estava a transbordar dela. Nada queria desperdiçar deste perfume. Precisava antes do mais de vedar todas as membranas. Em seguida, levantou-se e soprou a chama da vela.
O PERFUME, PatrickSuskind
(daqui)
Depois de a cheirar a ponto de a fazer perder a frescura, permaneceu acocorado junto ao corpo, a fim de se recompor, na medida em que estava a transbordar dela. Nada queria desperdiçar deste perfume. Precisava antes do mais de vedar todas as membranas. Em seguida, levantou-se e soprou a chama da vela.
O PERFUME, PatrickSuskind
(daqui)
quarta-feira, julho 04, 2007
Sentada na torre do meu quarto, de phones ligados à Antena 3 consegui "assistir" ao concerto dos Arcade Fire. E ainda falam dos malefícios da internet.
O Movimento Informação é Liberdade é boa ideia. As coisas andam por ai a marinar sem empurrões ou abanadelas. É preciso sacodir a poeira. Apenas um pedido: sem elitismos.
terça-feira, julho 03, 2007
este país dava um filme
Eu não li, mas segundo um dos meus captains lá do trabalho, que leu na Lusa, hoje cinco feridos - resultado de um acidente de viação - estiveram a secar, à espera, na estrada, para serem transportados para uma unidade hospitalar. Tudo, porque as corporações queriam ambas levar os desgraçados para o hospital. Uma hora de discussão e depois, o assunto ficou resolvido. Vá lá que as vítimas não estavam a morrer. Surreal.
sábado, junho 30, 2007
O pai e a mãe completam hoje 28 anos juntos. Jovens, portanto!
Parabéns, uma vez mais e sempre, todos os dias...
O amor é infinito, O amor é escorregar em anos de sol e chuva, é Estar e Ser, O amor é corpo e alma ao mesmo tempo, O amor é a vida de todos os dias, o ar de toda a respiração, É caminhar no alto das montanhas sem ter medo de vertigens, É gastar palavras e gestos, é sofrer e rir com vontade, O amor é a pele que vestimos e o chão, onde caminhamos. Parabéns pai e mãe pelos vinte e oito anos de casamento. Por mais uma vez trocarem as alianças. Por provarem ao mundo que amar é possível, que o Amor existe. Obrigada pela minha vida e pela do Gonçalo. Aos melhores pais do mundo. Aos pais que eu amo. Aos meus pais.
[fui buscar lá atrás. vocês percebem]
Parabéns, uma vez mais e sempre, todos os dias...
O amor é infinito, O amor é escorregar em anos de sol e chuva, é Estar e Ser, O amor é corpo e alma ao mesmo tempo, O amor é a vida de todos os dias, o ar de toda a respiração, É caminhar no alto das montanhas sem ter medo de vertigens, É gastar palavras e gestos, é sofrer e rir com vontade, O amor é a pele que vestimos e o chão, onde caminhamos. Parabéns pai e mãe pelos vinte e oito anos de casamento. Por mais uma vez trocarem as alianças. Por provarem ao mundo que amar é possível, que o Amor existe. Obrigada pela minha vida e pela do Gonçalo. Aos melhores pais do mundo. Aos pais que eu amo. Aos meus pais.
[fui buscar lá atrás. vocês percebem]
sexta-feira, junho 29, 2007
o velho desenha-se, em todas as minhas noites, quando lá passo, no muro alto e sujo do beco da estrada. lá se encosta no cimento frio - imagino - sem sombra a acompanhar-lhe. na última noite, descobri-lhe o cão. apareceram os dois, concentrados na luz cega do carro, a passar pela vida, como que intrometidos - a pedir licença.
quinta-feira, junho 28, 2007
domingo, junho 24, 2007
junho das avessas
o céu está a bombardear o mundo do lado de fora das persianas. a adulterar um junho às avessas. gotas magoam quando caem. sem que folha, pedra, ou animal riposte a antipatia do mês, da estação. o céu está cinzento-quase-branco, e reflecte num paralelismo absurdo e desnecessário, um cinzento-quase-branco para a superfície da terra. das almas.
sábado, junho 23, 2007
saint john
sexta-feira, junho 22, 2007
certeiro
multiplicam-se os sinais de que já se começa a governar mais com os olhos nas eleições de 2009 do que naquilo que se deve fazer
José Manuel Fernandes, in Público, 22 de Junho de 2007
José Manuel Fernandes, in Público, 22 de Junho de 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram (…) Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tudo se funde e confunde.
Fernando Pessoa
[este homem muitas bofetadas me dá]
Fernando Pessoa
[este homem muitas bofetadas me dá]
segunda-feira, junho 11, 2007
...é também porque o homem receia todas as novidades que não se sente à altura de afrontar e cujo desfecho é imprevisível. Só aquele que espera tudo, que nada exclui, nem mesmo o enigma, viverá, como fazendo parte da vida, as relações de homem para homem, indo ao mesmo tempo ao limite da sua própria vida. Se imaginarmos a vida do indivíduo como um quarto maior ou menor, torna-se evidente que quase todos aprendem apenas a conhecer um canto desse quarto, aquele lugar em frente da janela, aquele raio em que se movem, e onde encontram uma relativa segurança...
Rainer Maria Rilke, in Cartas a Um Jovem Poeta
Rainer Maria Rilke, in Cartas a Um Jovem Poeta
domingo, junho 10, 2007
[Lisboa, 2006]
Dentro de um mundo, muitos outros mundos. A fotografia é brisa no meu caminho. Aqui. A melhorar.
quinta-feira, junho 07, 2007
sexta-feira, junho 01, 2007
A exposição do fotojornalista Paulo Pimenta - mais conhecido por dennis, o pimentinha [:)] - está em video do youtube no seu weblog...aqui. muito FIXE.
sábado, maio 26, 2007
a piada
O funcionário da DREN foi suspenso pela «piada» que disse sobre o nosso primeiro...
minha gente, cuidado com os ajuntamentos...
minha gente, cuidado com os ajuntamentos...
terça-feira, maio 22, 2007
e ao anoitecer
E ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão deixas viver sobre a pele uma criança de lume e na fria lava da noite ensinas ao corpo a paciência o amor o abandono das palavras o silêncio e a difícil arte da melancolia
Al Berto
[e ao anoitecer esfrio-me com os sonhos que batem a calçada da mente, que arruínam o presente, que despertam revoluções]
Al Berto
[e ao anoitecer esfrio-me com os sonhos que batem a calçada da mente, que arruínam o presente, que despertam revoluções]
sexta-feira, maio 18, 2007
meme
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
- Parece-me que estou a começar a perceber - disse o principezinho. - Sabes, há uma certa flor... tenho a impressão que estou preso a ela...
- É bem possível - disse a raposa. - Vê-se cada coisa cá na Terra...
[O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry]
"Um meme é um «gene cultural» que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou aos teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma."
Desafio:
- primeiro-esquerdo
- a minha varanda
- crocodilo
- dilúculo
- jornada
- Sim, laços - disse a raposa - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
- Parece-me que estou a começar a perceber - disse o principezinho. - Sabes, há uma certa flor... tenho a impressão que estou preso a ela...
- É bem possível - disse a raposa. - Vê-se cada coisa cá na Terra...
[O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry]
"Um meme é um «gene cultural» que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou aos teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma."
Desafio:
- primeiro-esquerdo
- a minha varanda
- crocodilo
- dilúculo
- jornada
quarta-feira, maio 09, 2007
Depois de um dia de trabalho resta afundar no sofá...e as questões familiares. Ou a questão familiar. E essa tem nome - o mano.
Mana estendida no sofá pronta para as sua séries favoritas. Mano aproxima-se. Mana desconfia (o que será desta vez).
- Mana, como nascem as orelhas, cabelo, olhos, mãos, cara, tudo, tudo...
[ok...ele tem 5 anos...ele não vai fazer a pergunta. Mana decide ignorar mano]
- Mana como nascem os meninos, eu e tu?
[fixe..o mano tem 5 anos e fez a pergunta, e eu tinha-me comprometido a mim mesma contar a verdade quando o mano decide-se perguntar...mas tãaaooo cedo]
- oh çalinho, amanhã a mana responde, agora está a dar a série preferida da mana...
[o problema ficou assim adiado...se alguém tiver sugestões de histórias de como contar, partilhem, a gerência agradecia...]
Mana estendida no sofá pronta para as sua séries favoritas. Mano aproxima-se. Mana desconfia (o que será desta vez).
- Mana, como nascem as orelhas, cabelo, olhos, mãos, cara, tudo, tudo...
[ok...ele tem 5 anos...ele não vai fazer a pergunta. Mana decide ignorar mano]
- Mana como nascem os meninos, eu e tu?
[fixe..o mano tem 5 anos e fez a pergunta, e eu tinha-me comprometido a mim mesma contar a verdade quando o mano decide-se perguntar...mas tãaaooo cedo]
- oh çalinho, amanhã a mana responde, agora está a dar a série preferida da mana...
[o problema ficou assim adiado...se alguém tiver sugestões de histórias de como contar, partilhem, a gerência agradecia...]
Maddie missing...
Não é altura para se falar em falta de responsabilidade. Talvez nem seja o caso. Pais portugueses são, invariavelmente, diferentes de pais ingleses, ou outros nórdicos - basta rumar a Norte de Portugal e o figurino muda de contornos. E coisas diferentes não se comparam. Do mesmo modo, a actuação da polícia britânica, em casos semelhantes, em Inglaterra, que sacia os jornalistas com todo o tipo de informações, não pode ser comparada com a da portuguesa. E os ingleses têm que meter isto na cabeça. Lá é diferente de cá. Se há o verso, há, consequentemente, o inverso. Podem resmungar contra, tudo bem! Agora:
Resmungar que a (pouca) informação é libertada em português, isso é outra coisa. Apetece soltar um «duuuhhh»...se fosse ao contrário, pergunto eu - jornalistas portugueses na Great Britain, a autoridade inglesa iria traduzir!?
A resposta é transparente como a água.
Resmungar que a (pouca) informação é libertada em português, isso é outra coisa. Apetece soltar um «duuuhhh»...se fosse ao contrário, pergunto eu - jornalistas portugueses na Great Britain, a autoridade inglesa iria traduzir!?
A resposta é transparente como a água.
quarta-feira, maio 02, 2007
terça-feira, maio 01, 2007
Cântico Negro, de José Régio
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços, E nunca vou por ali...
A minha glória é esta: Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí... Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil! Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tectos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo. Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!
[estou feliz. muito feliz.]
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços, E nunca vou por ali...
A minha glória é esta: Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí... Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil! Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tectos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo. Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!
[estou feliz. muito feliz.]
segunda-feira, abril 30, 2007
domingo, abril 29, 2007
Le Fabuleux Destin d'Joana...
Foi um tiro em Paris. Por Paris e por ela. Ver Paris é sair da aldeia. E se não fosse por ela, eu perdia-me. Tanta luz, tanta gente, tanta vida...daquela que quase foge da memória. Viver em cidades desertas, sobretudo à noite, faz esquecer o expoente da loucura que outras cidades pintam. Não fosse o meu estômago adulterar-me, o tiro podia ser mais certeiro, mas foi dos mais felizes dias deste ano para mim. Paris é lindo. Mas não basta dizer isto, é preciso descrever, porque a cidade merece mais, do que uma frase vazia. O RER - comboio - corre não devagar, não de força, e a Torre Eiffel, espreita com um prateado cintilante a sair-lhe do vestido. O senhor e o miúdo entram no RER com as concertinas, e tornam Paris mais Paris. Não é cliché, é verdade. Há bicicletas e boinas. Há aquela música parisiense de fundo. Há o sorriso do miúdo quando se bota para o copo os cinquenta cêntimos. Há gente bonita, a exibir-se num Paris sem modéstia. Numa correria só. Chega a parecer uma orquestra sintonizada. O Sena atravessa como uma faca a cidade. Há beijos que o percorrem numa Primavera que parece um Verão quente. Há gente nas ruas. Nas pontes. Na ponte das Artes. Há sorrisos bonitos. Amigos unidos. Conhecidos e desconhecidos. Há Paris e há o Sena. Também há o Louvre. O famoso. A monalisa ou a gioconda espeta um olhar de soslaio aos visitantes. Tão desejada esta mulher e das obras mais pequenas que o Louvre oferece. Existem também os olhos aguçados do Notre Dame, e espectáculos na rua. E as pessoas na rua. É a festa da vida. Em Paris. Sem esquecer o exuberante Moulin Rouge. E o doce café da Amélie Poulain. Em Momatre. Sobe-se a colina, e descobre-se as magníficas vistas da cidade. Vê-se as setas amarelas do caminho de Santiago que a mim muito me diz. E sobra o quarto, onde passei mais tempo do que o devido, porque o estômago adulterou-me. Mas, sobretudo, sobra a amizade pela amiga europeia, do mundo. Por ter percorrido autocarros e comboios comigo. No Porto e em Paris.
quarta-feira, abril 25, 2007
já está anotado no livro das recordações...
Mano para a mãe:
- A sala está bonita, mas faltam umas coisas na jarra!
Mãe para o mano:
- Ah!?
Mano:
- Fogo, parece que estou a falar brasileiro...
:)
- A sala está bonita, mas faltam umas coisas na jarra!
Mãe para o mano:
- Ah!?
Mano:
- Fogo, parece que estou a falar brasileiro...
:)
domingo, abril 22, 2007
...
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.
Em torno era Primavera, o sonho de um poeta.
Tão linda esta estória do simples e visionário Jorge Amado. A cada Primavera a decalco na cabeça, na memória, na estante, em todo o sítio...não pode ser esquecida, apenas lembrada. E, nesta Primavera, a estória quase escorregava nas artimanhas dos dias. Numa folga, a memória abriu a janela na minha cabeça do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá. Porque, O mundo só vai prestar, Para nele se viver, No dia em que a gente ver, Um maltês casar Com uma alegre andorinha, Saindo os dois a voar, O noivo e sua noivinha, Dom Gato e Dona Andorinha.
Quando acabar 'A Floresta' de Sophia, vou partilhar o Malhado e a Sinhá com o mano.
quinta-feira, abril 19, 2007
sábado, abril 14, 2007
quarta-feira, abril 11, 2007
terça-feira, abril 10, 2007
sábado, abril 07, 2007
sábado, março 31, 2007
we can be heroes...
Parabéns à pequena que lá vai caminhando, graciosa, como sabe ser...
[a falta que me vais fazer...que nos vais fazer]
[a falta que me vais fazer...que nos vais fazer]
quarta-feira, março 28, 2007
Parabéns...
...à tia única ou única tia!...
Quando anda, parece que baila. Quando fala, parece que canta. Quando abraça, parece que temos todo o mundo em nós.
Desejo que os dias sejam tão altos e bons quanto tu és.
Quando anda, parece que baila. Quando fala, parece que canta. Quando abraça, parece que temos todo o mundo em nós.
Desejo que os dias sejam tão altos e bons quanto tu és.
segunda-feira, março 26, 2007
domingo, março 25, 2007
Bang Bang
When snow melts, what does it become?
It becomes water, of course.
bzzt-bzzt, it becomes Spring!
My baby shot me down
It becomes water, of course.
bzzt-bzzt, it becomes Spring!
My baby shot me down
sexta-feira, março 23, 2007
A RTP tem andado muito defensiva...No desfecho de entrevistas, reportagens, pregam sempre o mesmo sermão... a televisão pública isto e aquilo, o serviço público, os (bons e melhores) critérios jornalísticos...bla, bla...mas para quê tanta justificação!?... hmmm...deixa adivinhar...
quarta-feira, março 21, 2007
À poesia
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Isto, Fernando Pessoa [quem mais...]
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Isto, Fernando Pessoa [quem mais...]
terça-feira, março 20, 2007
Da serenidade
domingo, março 11, 2007
11 de Março
Estava em Amesterdão, quando ouvi de Madrid, o estrondo do que seria o «grande atentado terrorista» na Europa. "Los terroristas", gritava Toni pelos corredores da Kiezel [residência de estudantes]. Apressámo-nos todos para a televisão da cozinha comum. As imagens atiçavam nos espanhóis lágrimas de desespero. Não demorou até os telemóveis se exibirem. "Que tal?". A resposta aparecia no ecran da "telé". Palmadas nas costas, dos que longe da pátria, versavam tormentos. E nós, com preocupação «colateral» animavamos como podíamos os amigos. "No passa nada". "Graças a Deus", suspiravam muitos. Passou. Mas a frase de Toni ficou na memória, que a páginas tantas disse: "Puez que es normal, tenemos la ETA".
quarta-feira, março 07, 2007
domingo, março 04, 2007
sábado, março 03, 2007
Salas de consumo assistido
O tema está lançado. Parece-me que a sociedade portuguesa tem um novo assunto nas mãos e não pode escapar ao diálogo. A toxicodependência é um dos grandes problemas sociais e a todos diz respeito. Não admira que as salas de consumo assistido - vulgo salas de chuto - se possam posicionar no mesmo patamar que a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), e conhecer o seu juízo final em referendo (!?). A Organização das Nações Unidas (ONU) tem parecer desfavorável, como demonstrou na passada quinta-feira através do relatório elaborado pelo Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICE) - dependente da ONU. No entanto, Júlio Pardo, profissional de saúde espanhol, que integra a Organização dos Médicos doMundo (OMM), esteve ontem no Porto, para dar a conhecer o exemplo de Bilbau, Espanha - onde se localiza aquela que foi a primeira sala de consumo assistido na Peninsula Ibérica -, e ressaltou os benefícios dos centros para inalação/injecção assistidos.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
80 anos
sábado, fevereiro 24, 2007
Obrigada Paula
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
domingo, fevereiro 18, 2007
Hey Jude, The Beatles
Às vezes vemos os dias às avessas. O tempo anda a uma velocidade alucinante. Rápido demais para corações frágeis. O tecto cá em baixo e o chão lá em cima. Não é suposto!
Resta-nos a sensatez de frases abertas, pensar...isto passa, passa sempre...ou então vasculhar músicas que nos dizem alguma coisa. Gritar com elas. Ou com ela:
Hey Jude don't make it bad, Take a sad song and make it better, Remember to let her into your heart
E lembramos sempre. Escorremos a torrente de água calejada numa cara de abandono. Basta - tenta-se impingir. E forçamos uma verdade necessária.
Than you can start to make it better Hey Jude don't be afraid, You were made to go out and get her, The minute you let her under your skin, Then you begin to make it better
E navega-se. Só. Vivemos cá dentro, tomamos as vitaminas de umas saídas e injecta-se copos...para esquecer...dizem os conselhos. Os mesmos que percorreram a maratona da dor.
And any time you feel the pain, Hey Jude, Don't carry the world upon your shoulders, For well you know that it's a fool who plays it cool, By making his world a little colder, Da da da da....
E tudo se aclara. Sacode-se o mundo. Afinal, o problema reside mesmo na bola azul, onde convivem, sem agrado, diferentes regras, cores, cabeças. Vomita-se o pior, abraçam-se novos cheiros.
Hey Jude don't let me down, You have found her now go and get her, Remember to let her into your heart, Then you can start to make it better
A poção mágica. Vá lá, faz a vontade aos conselhos, ou eles chateiam-se de ti...
So let it out and let it in Hey Jude begin,You're waiting for someone to perform with, And don't you know that it's just you, Hey Jude you'll doThe movement you need is on your shoulder Da da da da ...
Rendemo-nos à clarividência do outro. Reza-se por ai. Apresentam-nos uma tabela com o bom e o mau. A loucura é sempre nossa. And don't you know it's just you. Oh Judes do mundo, no fim, somos sempre nós. Sós. E não sabíamos.
Hey Jude don't make it bad, Take a sad song and make it better, Remember to let her under your skin, Then you'll begin to make it better better better Da da da da da da da... Hey Jude...
Resta um último grito de dor. Cuspir tudo cá para fora. E sim, e lembra-te, o mundo não foi feito para estar pousado nos teus ombros, antes, para tu estares pousado no mundo. Só tu. E assim farás melhor. Diz-se.
Resta-nos a sensatez de frases abertas, pensar...isto passa, passa sempre...ou então vasculhar músicas que nos dizem alguma coisa. Gritar com elas. Ou com ela:
Hey Jude don't make it bad, Take a sad song and make it better, Remember to let her into your heart
E lembramos sempre. Escorremos a torrente de água calejada numa cara de abandono. Basta - tenta-se impingir. E forçamos uma verdade necessária.
Than you can start to make it better Hey Jude don't be afraid, You were made to go out and get her, The minute you let her under your skin, Then you begin to make it better
E navega-se. Só. Vivemos cá dentro, tomamos as vitaminas de umas saídas e injecta-se copos...para esquecer...dizem os conselhos. Os mesmos que percorreram a maratona da dor.
And any time you feel the pain, Hey Jude, Don't carry the world upon your shoulders, For well you know that it's a fool who plays it cool, By making his world a little colder, Da da da da....
E tudo se aclara. Sacode-se o mundo. Afinal, o problema reside mesmo na bola azul, onde convivem, sem agrado, diferentes regras, cores, cabeças. Vomita-se o pior, abraçam-se novos cheiros.
Hey Jude don't let me down, You have found her now go and get her, Remember to let her into your heart, Then you can start to make it better
A poção mágica. Vá lá, faz a vontade aos conselhos, ou eles chateiam-se de ti...
So let it out and let it in Hey Jude begin,You're waiting for someone to perform with, And don't you know that it's just you, Hey Jude you'll doThe movement you need is on your shoulder Da da da da ...
Rendemo-nos à clarividência do outro. Reza-se por ai. Apresentam-nos uma tabela com o bom e o mau. A loucura é sempre nossa. And don't you know it's just you. Oh Judes do mundo, no fim, somos sempre nós. Sós. E não sabíamos.
Hey Jude don't make it bad, Take a sad song and make it better, Remember to let her under your skin, Then you'll begin to make it better better better Da da da da da da da... Hey Jude...
Resta um último grito de dor. Cuspir tudo cá para fora. E sim, e lembra-te, o mundo não foi feito para estar pousado nos teus ombros, antes, para tu estares pousado no mundo. Só tu. E assim farás melhor. Diz-se.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
O Correio da Manhã avançou hoje que um administrador da REFER terá sido despedido, indemnizado, e, novamente contratado, para exercer funções na RAVE - outra empresa da CP.
É só mesmo isto. Não tenho mais palavras.
É só mesmo isto. Não tenho mais palavras.
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
- Sim 59,2
- Não 40,7
- Abst. 56,4
- Nulos/Brancos 8,8
in O Primeiro de Janeiro
Confesso que fiquei surpreendida (e satisfeita) pelo SIM ter ganho. Contava que mais uma vez, num país triste, folhas de desenvolvimento continuassem a cair, porque temos paredes demasiado altas para avistar o horizonte. Seja como for, não era motivo para festejar. Impressionou-me as palmas e as bandeiras, como se de uma partida de futebol se tratasse. A partir de agora o SIM só terá valor se se fizer alguma coisa por ele, e no sentido contrário a ele. Do mesmo modo que são precisas clínicas devidamente autorizadas e legais para combater o aborto clandestino, é preciso apostar e acarinhar a maternidade com subsídios em condições.
Para a abstenção, para aqueles que se estiveram nas tintas, uma nota que vem escrita no Apocalipse:
Amaldiçoo-te porque não és frio, nem és quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, vomitar-te-ei da minha boca.
- Não 40,7
- Abst. 56,4
- Nulos/Brancos 8,8
in O Primeiro de Janeiro
Confesso que fiquei surpreendida (e satisfeita) pelo SIM ter ganho. Contava que mais uma vez, num país triste, folhas de desenvolvimento continuassem a cair, porque temos paredes demasiado altas para avistar o horizonte. Seja como for, não era motivo para festejar. Impressionou-me as palmas e as bandeiras, como se de uma partida de futebol se tratasse. A partir de agora o SIM só terá valor se se fizer alguma coisa por ele, e no sentido contrário a ele. Do mesmo modo que são precisas clínicas devidamente autorizadas e legais para combater o aborto clandestino, é preciso apostar e acarinhar a maternidade com subsídios em condições.
Para a abstenção, para aqueles que se estiveram nas tintas, uma nota que vem escrita no Apocalipse:
Amaldiçoo-te porque não és frio, nem és quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, vomitar-te-ei da minha boca.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
sábado, fevereiro 03, 2007
Picheleiro vs. M. da Educação
Coitado do sr. Manuel, picheleiro, que ia fazer um serviço ali prós lados da Câmara do Porto...não fosse a sra. ministra da Educação estar pró mesmo lado em reunião [of course], o sr. Manuel teria feito o seu serviço.
Mas o barulho martelado, sem fim, da broca na parede era um incómodo para a sra. ministra. E reuniões de brainstorming não se interropem assim de qualquer jeito.
Tenha lá paciência sr. Manuel...volte segunda, e faça o serviço que não requer tal brainstorming. Qual brainstorming, qual carapuça...quem vai pagar o transporte e o tempo [outra vez] do sr. Manuel!?...Não se preocupe com isso vá tomar um cafezinho, depois a gente fala...
Mas o barulho martelado, sem fim, da broca na parede era um incómodo para a sra. ministra. E reuniões de brainstorming não se interropem assim de qualquer jeito.
Tenha lá paciência sr. Manuel...volte segunda, e faça o serviço que não requer tal brainstorming. Qual brainstorming, qual carapuça...quem vai pagar o transporte e o tempo [outra vez] do sr. Manuel!?...Não se preocupe com isso vá tomar um cafezinho, depois a gente fala...
Movimento Inter-reformados pelo sim
A minha mente anda formatada acima do que deveria andar [culpa minha].
Na Baixa do Porto, um grupo de velhinhos aproxima-se e entrega-me o seu papel de campanha da IVG...e eu pensei logo... velhinhos, católicos, igreja, não....peguei no papel por educação, e li um grande SIM e dez razões pelo SIM ao referendo que se aproxima. Devo dizer que foi um momento de satisfação...
[apesar dos debates correrem magrinhos de esclarecimento e cansarem um pouco]
Na Baixa do Porto, um grupo de velhinhos aproxima-se e entrega-me o seu papel de campanha da IVG...e eu pensei logo... velhinhos, católicos, igreja, não....peguei no papel por educação, e li um grande SIM e dez razões pelo SIM ao referendo que se aproxima. Devo dizer que foi um momento de satisfação...
[apesar dos debates correrem magrinhos de esclarecimento e cansarem um pouco]
quarta-feira, janeiro 31, 2007
domingo, janeiro 28, 2007
sexta-feira, janeiro 19, 2007
quarta-feira, janeiro 17, 2007
O lixo dos famosos
A Pública dedica uma página ao lixo dos famosos. Ou seja, na coluna, a revista dá a conhecer o melhor (ou pior) do que atiram os famosos para o caixote do que já passou do prazo. No domingo a personagem-alvo era o Harold Reagon - o nome dispensa apresentações. E, voilá, o famoso tinha um bilhete da lotaria no cesto do lixo. Paradoxos da vida!
quarta-feira, janeiro 10, 2007
O pensamento
Tinha dois caminhos.
Escolhi o menos percorrido.
E isso fez toda a diferença.
Robert Froust
Escolhi o menos percorrido.
E isso fez toda a diferença.
Robert Froust
domingo, janeiro 07, 2007
Miyazaki e Kitano
Estou perdidamente apaixonada por filmes japoneses e mais ainda pelos realizadores. Hayao Miyazaki e Takeshi Kitano são os responsáveis. Uma ternura cada segundo de cada película. Pena que seja tão pouco editado em Portugal. Se tiverem oportunidade leiam na wikipédia acerca daqueles dois fascinantes homens e procurem na net os filmes.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
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