um weblog sobre literatura, viagens, momentos, poesia, sobretudo, sobre a vida. enfim, um weblog com histórias dentro.

sábado, dezembro 30, 2006

in a manner of speaking - Nouvelle Vague

Estás aqui, sem estares. Gosto de encontrar repostas em ti. O teu corcodilo verde dá-me silêncios que ouço. Caminhar solitário numa rua mergulhada em sol ingrato.

terça-feira, dezembro 26, 2006

2007

The show must go on.

terça-feira, dezembro 19, 2006

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Afinal quebramos os dois.
É quase pecado deixar...
É quase pecado ignorar...

Toranja

terça-feira, dezembro 12, 2006

Ontem conheci uma correspondente do Le Monde. Mais tarde, conheci duas velhinhas, e um sem abrigo. Eu só conheço pessoas porreiras.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Arranquei-me o coração.
Os sentidos.
Arranquei-me desta vida.
Coloquei-me no invisível.

Desperdiço tempo, vontade e esperança.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

No passado sábado fui à festa, porque a Ana está mais velha - está uma mulherzinha;) A Ana não se importou, mas a atracção principal da festa foi a casa-de-banho. Sim, a CASA-DE-BANHO. Era um verdadeiro rodopio em torno da CASA-DE-BANHO. E imaginem que todos que lá iam sabe-se lá fazer o quê, lembravam-se de mim. DE MIM. Porque era, de facto, a mais bonita casa-de-banho de sempre. Na parede de cada lavabo para cada sexo lá estava o PRINCIPEZINHO. Só confirma que o pequeno está sempre nas nossas vidas, seja qual for o momento ou o local. Quadros do Principezinho na casa-de-banho...nem a mim me passou pela cabeça...mas que fica bonito lá isso fica!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Pulp - Disco 2000

E pronto. É isto.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Só o que não nos pertence nos completa

[foi um daqueles filósofos que pensou]

domingo, dezembro 03, 2006

Paper dreams, honey.

sábado, dezembro 02, 2006

O sol que, hoje, a medo verte é ingrato com os que estão cabisbaixo.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Num destes dias liguei a televisão na BBC e lá estavam, um entrevistado e o entrevistador. Não me lembro sequer sobre o que discutiam. O que quer que fosse não abonava nada a favor do entrevistado. O jornalista sobrepunha-se ao entrevistado, e este esperneava, não queria responder. E o jornalista teimava. E o outro respondia, contrafeito.
Isto para dizer, que se esta cena fosse filmada em Portugal, seria ao contrário: o jornalista contrafeito engolia as perguntas, porque o entrevistado esperneava arrogante e fugidiamente.
Considero a actual lei [sobre o aborto] equilibrada.
Marques Mendes

Como disse!?... Equilibrada!?

domingo, novembro 26, 2006

Portugal está ficar como uma árvore de Outono despida.
Mário Cesariny morreu, e eu morri hoje com ele.

Entre nós e as palavras há metal fundente,
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais últil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precípicio ...

you are welcome to Elsinore, Mário Cesariny

sábado, novembro 25, 2006

Hoje apercebi-me que a parte do crescer está ultrapassada. Acerca-se a parte do envelhecer. O que também é bonito, por natureza e excelência.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Segundo a Lusa, José Luís Peixoto avança para mais enredos melancólicos. Nas próximas segunda e terça-feira, o escritor de "Morreste-me", "A Criança em Ruínas", entre outras (excelentes) obras vai apresentar em Lisboa e no Porto "Cemitério de Pianos".
Nas palavras de José Luís Peixoto, neste romance, o tema central é a transcendência, na medida em que a morte não surge aqui como fim absoluto, mas para mostrar que- apesar dela - as pessoas continuam a existir naquilo que deixaram de si.
Não se admirem, se nos próximos tempos me transcender por aqui. Para já, vou-me rendendo a Pedro Paixão nos pequenos contos de um "Amor Portátil" [graças à Tânia].

quarta-feira, novembro 22, 2006

terça-feira, novembro 21, 2006

Back to reality.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Lisboa podia ser a namorada do Porto. Ou será que já é!? Ou é aquele tipo de amor-desamor!?

domingo, novembro 12, 2006

Como é bom receber o Amor em alegria.
Talvez se o Amor aqui estivesse todos os dias e todas as horas,
Passasse despercebido
[ou morresse mais depressa]
Assim, Ele caminha calmo como o vento sereno de uma manhã de Primavera
[estação de todo o ano]
A partir de amanhã vou ser um bocadinho mais alegre. Vou viver numa só linha, percorrida a dois.

Teatro

Sinto falta do teatro. Preciso dele.

sábado, novembro 11, 2006

Hoje ouvi na TSF uma música de Sérgio Godinho, nunca dantes por mim ouvida. Soltava-se assim:

...amor, amor, amor....

e depois, o músico sobrepunha:..da morte volta sempre em vida...

sexta-feira, novembro 10, 2006

O semestre mais proveitoso da minha licenciatura foi o primeiro semestre do 4º ano. O professor de jornalismo era/é um grande jornalista e professor ligado ao meio da comunicação social. Recordo-me de explicar, na sala de aula, muitas e tantas vezes , que o editor num jornal tem o papel de conselheiro, de comandante, que se caracteriza por um espírito de entreajuda. Das duas uma: ou eu percebi tudo mal, ou isto na prática funciona de modo diferente.
Hoje comecei as minhas actividades a nado. É verdade, a natação inclui-se na minha vida, premeditadamente. O que mais gostei (ou não) foi da literatura dos balneários - aquela que os gatos fedorentos deram a conhecer...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Estou a ler a Fada Oriana de Sophia de Mello Breyner Anderson ao meu mano (de cinco anos). O livro dormia na estante, quando ele começou a folhear e pediu-me para ler. Estou no capítulo da Oriana e do Peixe. Estava eu a ler o diálogo entre os dois personagens, e o meu irmão atira zangado: "Os peixes não falam". E eu pensei: "Mas ouvem". Às tantas deveria ler-lhe O Sermão de Santo António aos Peixes.
Nos últimos dois dias sempre que tentava aceder ao meu bloco virtual - o blog - a página aparecia branca. E eu receosa pensei que ele tivesse ido comprar tabaco, e nunca mais voltasse. Eu ensinei-o a ser independente, mas não tanto. Agora parece estar tudo bem!

domingo, novembro 05, 2006

A entrevista que a Notícias Magazin (nm) publica hoje com Eurico Reis, juiz-desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa, que foi por dois mandatos presidente da Comissão Profissional dos Jornalistas, é bastante interessante para quem aprecie temas como o jornalismo e a justiça.

Um excerto: "Choca-me haver quem pense que os jornalistas são ingénuos, idiotas ou incapazes a ponto de um qualquer artista de variedades lhes poder dar a volta; haver quem pense que vocês comem toda a papinha que vos derem".

sábado, novembro 04, 2006

Muda de Vida...

O meu planeta andava insatisfeito e pálido. O verde já parecia incolor. Ao virar de uma qualquer esquina, apercebi-me que estava na altura de remover a maquilhagem e aplicar outra. Isto de andar sempre na mesma não dá com nada, por isso comprei-lhe azul com um bocadinho mais de branco. Ele está mais alegre, e eu mais motivada. Espero que gostem...
O Diabo Veste Prada

Gostar ou não gostar. Eis a questão!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Maria Anadon & Five Play In a Jazzy way

Para quem gosta de Jazz o quinteto Maria Anadon é uma delícia. A Anadon é portuga, a pianista e baixista japonesas, a baterista americana, e no saxofone uma israelita. Uma miscelânea como eu gosto. Vão estar até dia 5 no casino de Espinho. Hoje vi-as na Fnac. Umas senhoras e pêras. Se quiserem ser um pouquinho mais alegres, ouçam isto de olhos fechados e com o corpo solto....vá lá, até dia 5!

terça-feira, outubro 24, 2006

Eu descobri uma maneira de falarmos sozinhos sem, no entanto, pensarem que somos loucos. Andamos de "phones" colados nos ouvidos. Assim, podem pensar que estamos a cantar, ao invés de balbuciar palavras daquelas loucas.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Dizem que o Jorge Palma é um vagabundo, que já andou pelos nomeados "maus caminhos". Ainda bem. Se assim não fosse, eu não gostava tanto dele como gosto. Aquele homem acende a paixão que, às vezes, por tropeços do dia se desvanece. Ontem fui vê-lo (à borla ou grátis, como preferirem) no Palácio de Cristal. Talvez a única iniciativa da Câmara que participei. Mas isto é o menos. O mais são as cores que se pintam cá dentro a cada grito maluco que ele, o Palma entoava. Lembro-me dele na minha infância - tive essa sorte. Mas o que me lembro mesmo, naqueles ruídos poéticos embriagados é mesmo de ti, ti, ti, ti, ti,...

sábado, outubro 14, 2006

O prometido de Dachau...











"O melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim, deslocando todo o peso do sangue sobre a metade mais gasta do meu corpo, esmagar o coração"

Carlos de Oliveira

sexta-feira, outubro 13, 2006

A vida é uma cambada de ditongos...

sábado, outubro 07, 2006

Já escolhi tema para fotografar. Nenhuma das vossas sugestões ou minhas iniciais, ainda assim obrigada pelas dicas.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Há dias que eu gostava de ser diferente sem o ser.

terça-feira, outubro 03, 2006

Ouvir o Paulo Portas faz-me viver tempos que não vivi. Ele assusta-me deveras. Aquele homem parou no tempo. Mais: deve ter problemas em entender a História (ou entende à sua maneira). Dá dó.

Linhas soltas...

Gostava de escrever um livro. Só para reter imagens que transbordam cá dentro. Formalizar palavras. Para fazer morrer momentos, tal como na fotografia de Roland Bathes. Matá-los e tê-los para sempre. Gostava mesmo de escrever livros e livros. Na verdade, não passo de duas páginas. "O fulgurante silêncio das palavras".
Às vezes apetece-me mandar pessoas à fava. Na verdade, mando.
Ir a uma Assembleia Municipal ou ao circo é...

(a frase foi deliberadamente censurada)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Só sou feliz, porque tenho o coração cheio.

A ausência enriquece a alma. Ou deixa-a vaguear.
Muitas são as vezes, que não me sinto sozinha. Porque tenho a ausência.
Confuso, mas real.

Só sou feliz, porque tenho o coração cheio.
Num destes dias estava a espreitar a BBC, e de repente aparece um senhor bem parecido a apresentar a metereologia. Todas as capitais europeias com os devidos graus celsius à excepção de Lisboa. Esperei para ver o que o caramelo diria quando chegasse a Madrid. Bem, sem surpresa, o rapazinho lá mencionou Madrid, 25º...Portugal tinha somente o desenho da fronteira...e não teve direito a informação...rgh...

terça-feira, setembro 26, 2006

Nos próximos três meses vou estar virada para a fotografia. Inscrevi-me num curso de fotografia, e a tarefa de momento é escolher um tema a fotografar. Ainda não sei bem o quê. Aceitam-se sugestões (?)...Família, paisagem, o mercado do Bolhão, arquitectura, retratos....???...eu sei lá....
Regra nº1 do trânsito: tem mais cuidado com a condução dos outros do que com a tua.

domingo, setembro 17, 2006

Não consigo decidir se gosto do novo semanário SOL ou não. Venceu no grafismo, sem dúvida. Os títulos e textos são apresentados de forma leve, suave, com espaço, sendo atractiva para a leitura. A primeira secção, Política e Sociedade, que ocupa grande parte do jornal, oferece aos leitores informação limpa e necessária. A secção Intervalo joga bem para os leitores descansarem a mente e terem acesso a informação mais leve. A secção Mundo Real deixa a desejar. É um exagero do mundo real, muito mal abordado. A revista que acompanha o jornal, Tabu, tanto tem de interessante como desinteressante. O que é mesmo engraçado é a nota na primeira página: Este jornal vale por si só, não oferece brindes nem faz promoções.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Escreve-se que o 11 de Setembro mudou o mundo. Será que mudou o mundo, ou acordou-o para o que já existia?

domingo, setembro 10, 2006

"O Douro são as pessoas. Gente independente que não se encontra no resto do país".

Agustina Bessa-Luís

[tirado do Jornal de Notícias de hoje]

quinta-feira, setembro 07, 2006

Histórias Roubadas de Histórias Roubadas


Cartas inúteis

Há dias em que o céu e o mar parecem coalhar um no outro. Tudo o que rodeia se funde numa espécie de treva acinzentada. Sinto as horas correrem a minha imobilidade até ao meu mais longínquo osso. A memória foge, refugia-se na releitura dalgum livro que nunca voltei a folhear. É uma arte muito antiga, esta de me sentar perto da janela com um livro aberto nas mãos da memória.

Há dias assim, em que me sinto projectado para dentro de imagens duma memória futura, plena de luminosidade, onde certamente já não estarei. Tenho saudades dos lugares onde nunca estive, porque só nesses lugares, dizem, a vida continua. Envelhece-se mais devagar ao anoitecer. A morte enrosca-se como um gato ao colo do dono, e faz uma trégua até que de novo amanheça. Sou um homem nocturno, a luz do dia aumenta o conhecimento da minha escassa eternidade.
A mim, basta-me o espanto da flor que murcha quando, no mesmo ramo, outra flor expande as pétalas ao sol. Vivo na ilusão de conseguir enganar, alguma vez, o medo dos dias sem ninguém. Por isso construí jardins de areias e cinza, jardins de água e fogo, jardins de répteis e de ervas aromáticas, jardins de minerais e de pedras – mas todos abandonei à invasão da selva e das alucinações.

Eu sei, cada homem possui um deserto dentro de si. Nele caminha deixando minúsculos sinais da sua breve passagem, mas o sangue é facilmente bebido pelas areias e nenhum oásis de felicidade irrompe. Perdi a noção do mundo que me cerca e retém aqui. Tudo abandono a pouco e pouco. O deserto é cada vez mais deserto. Já não vislumbro sequer a minha sombra, nem ouço ruído algum. Nem rastos de outros homens ou animais. Apenas branco, e um zumbido de estrelas repercutindo-se no interior da solidão.

Não, não se pode viver sem amar. Por isso atravessei oceanos, arquipélagos, mares nocturnos, dei a volta ao mundo à procura do meu corpo. Resta-me agora a escrita, o eterno recomeçar sempre o mesmo livro, como se fosse uma condenação, um destino superior a que me sinto incapaz de fugir. Escrever para além do tempo possível, para além da memória que há-de existir no meu corpo. O fulgurante silêncio das palavras.

Al Berto

terça-feira, setembro 05, 2006

Melhor forma de se terminar as férias

Fazer a viagem de regresso - Lisboa/Porto (última etapa) - no cockpit dos pilotos. A pista do Sá Carneiro vista de cima parece uma árvore de Natal, e o Porto é mesmo bonito!

quinta-feira, agosto 31, 2006

If the origin of my work is scandalous, it is because, for me, the world is a scandal.

Hans Bellmer, Museu Pinakothek der Moderne, Munique

segunda-feira, agosto 28, 2006

Dachau

O silencio ganha voz no campo de concentracao em Dachau, a 25 minutos do centro de Munique. Sobra agora o memorial do campo. Ler a Historia e uma coisa, mas pisa-la e toca-la, garanto-vos que doi, e muito. Sao resquicios que falam, dizem aos ouvidos que o Homem e mau, muito mau. Que quando ganha poder, quer mais e mais.

Nie Wieder. Nunca mais. Esta mensagem esta escrita ate a exaustao por todo o campo. Os factos pesam demais para se ter a consciencia de que aconteceu mesmo. O pior e o medo que decora todas as salas das SS, das celas desfeitas pelo tempo, dos testemunhos dos sobreviventes do Holocausto escritos em cada parede.

Im in a state of trance. And a life is extinguished. No food, nothing. Warm food every four days.

Nao sei o que assusta mais: o ter acontecido, ou a organizacao e massificacao com que aconteceu!

[fotos para breve]

quinta-feira, agosto 24, 2006

Superman

Uma chachada!
Munique tem um charme estranho. De um lado passos femininos a pisar fashion; do outro, o mundo oriental com tracos culturais bem firmes: mulheres cobertas de preto. Denota-se uma forte devocao ao Santo Padre - pudera, ja foi bispo na cidade! Os eventos culturais batem-nos a porta, o sistema de transportes e fenomenal...mas nem toda a gente fala ingles!

terça-feira, agosto 22, 2006

Nas proximas duas semanas estou Baveriana. A minha mala e que sabe-se la porque, decidiu ficar por Lisboa. A parte disso, espero postar sobre Munique que esta mais calmo do que no mundial - o que nao e novidade, mas com um glamour que desconhecia.

[os acentos e que ja se sabe...]

quinta-feira, agosto 17, 2006

À vezes o que se passa no mundo são meras montagens.

[É tão feio especular...]
Letargia. Mas nem por isso o mundo pára de avançar:

- Ciência: os planetas podem crescer para 12;
- Mundo: o cessar-fogo mantém-se frágil;
- País: os incêndios devastam perto de 50 mil hectares;
- Desporto: novelas repetidas (pronto mudam os personagens)

[hmm....cheira-me que isto precisa de uma revolução]

segunda-feira, agosto 14, 2006

À noite (essencialmente) não devíamos sair de casa sem antes pedir licença a quem vive na rua. Porque se vivem pelos passeios, é lá que têm os seus haveres.

[Isto já teve dias melhores...]

domingo, julho 23, 2006



A minha amiga mais velha em idade está em Amesterdão, tem 80 anos, e é portuguesa . Não parece que calcou tantas décadas, mas apesar de ser a amiga mais velha em idade, parece a mais nova de espírito, espontaneidade, mentalidade. É livre. Muito livre.
Conhecemo-nos, e despedimo-nos no mesmo dia. Seja como for, faz-me surpresas como ninguém.

terça-feira, julho 11, 2006

sigur ros hoppipola

O que queres ser quando fores grande? Quero ser assim!

terça-feira, julho 04, 2006

Afinal, os espaços podem não mudar, mesmo que os tempos mudem.

segunda-feira, junho 26, 2006

Quando os tempos são diferentes, os espaços também o são.
Gostei do silêncio nas ruas de Amesterdão. E enquanto se fazia festa cá dentro, gostei de imaginar a festa do outro lado do mundo. Bonito.

quinta-feira, junho 22, 2006

Johnny Cash- Hurt

A velocidade da vida. É impossível não tremer ao som de Johnny Cash. É fácil crescer com a música. Cá dentro sente-se uma montanha formar-se; uma vontade a galopar e a dizer: Corre sempre, porque o Mundo não descansa, nem pára nunca, só porque tu páras ou descansas.

terça-feira, junho 13, 2006

O teu abraço virado para o horizonte

O teu abraço virado para o horizonte. Desde a calma da vila com a lua como candeeiro da noite, até à febre das cores do mundo aterradas na terra, onde se lê we've got them all. O teu abraço no meu, o meu no teu, e o nosso no mundo. Foi lá que nos conhecemos, e é lá que pertencemos.

sábado, junho 10, 2006

Gosto do sabor a vanila, quando o horizonte aconchega as tarefas do dia. Que bom é gostar e ser-se gostado.


Contamos segundos
Instantes escassos
Caímos mil vezes
Seguidas de abraços ;
A dança é divina
Ela vive no ar
Ela voa sem asas
Não quer aterrar
É bom arriscar o salto,

Planar,
Sentir de novo emoção...É tão bom
Saber que a morte
É falhar
Voar de encontro à tua mão
Aqui, no trapézio,

A rede é distante
O meu horizonte
É um braço errante ;
Despimos as horas
Perdidos no espaço,
Entre o rugir de um leão
E o choro de um palhaço
É bom arriscar o salto,

Planar,
Sentir de novo emoção...É tão bom
Saber que a morte
É falhar
Voar de encontro à tua mão

Trapézio, Jorge Palma

quarta-feira, maio 31, 2006

No meio do nada com tudo, as planícies como pano de fundo, e "Aquele Abraco" no rádio.
O teu olhar no meu. E o nosso no horizonte.

Du hast mich.

sexta-feira, maio 26, 2006

Da Vinci Code

O livro "Da Vinci Code" é interessante nas páginas que fala sobre símbolos, criptologia, e até dos próprios quadros Da Vinci, o resto é ficção e suspence.

O filme "The Da Vinci Code" é uma série de capítulos mal interpretados do livro, está demasiadamente escuro, e não dá uma percepção clara da ficção que o livro oferece. Uma desilusão, portanto.

sábado, maio 20, 2006

Tenho saudades do que não aconteceu, nem foi.

quinta-feira, maio 18, 2006

Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça e contar histórias ricas que ainda não viajei! Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! Verdadeiro.
encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.

Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.

Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado. Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!



Confidências, Almada Negreiros

domingo, maio 14, 2006

Abram-se as cortinas. Olhar bem fundo.

No palco:

www.aminhavaranda.blogspot.com

terça-feira, maio 09, 2006

Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direcções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, não quebrem meu ser, não partam meu corpo

Ricardo Reis, 1935

Continuo a construir o puzzle da Vida, mesmo com a maré alta e vento forte.

quarta-feira, abril 12, 2006

Aqui a cozinha faz-se de acordes, vozes e jogos. Os corredores são cinzeiros de países.
E a saudade como pano de fundo.

E ó pá

TU e TU são mesmo estranhas.

sábado, abril 08, 2006



O que é bom não acaba depressa. Fica cá dentro por tempo ilimitado. Fica como o infinito: sem destino, nem hora, nem cor. Fica, apenas.

[Istambul, 2006]

sábado, abril 01, 2006

Os braços nus camınhavam para um jantar elegante. No meio da noite-brısa Mariza encantou as luzes ofuscantes do morno İstambul. A manha acordou num balao bem alto quase a tocar o ceu. Uma fotografia ampla de toda a cidade.
Quando o por-do-sol aconchega as ruas o Bazaar é a grande atracçao!...Istambul é um feıtiço.

quinta-feira, março 30, 2006

Noıte quente.
Agua.
Dıferenças.
T-shırt e casaco de ganga. Apenas.
Barco.
Mesquıtas.
Palacio.
Parque.
Sol.
Por-do-sol.
Horızonte.
Abraco.
Cha.
Ruas apertadas.
Burcas. Muıtas.
Asıa e Europa. Num passo.
Oraçoes em arabe.
Traços do Porto.
Eclıpse. Magıa.

Istambul.

segunda-feira, março 27, 2006

Wear Sunscreen

(Ladies and Gentlemen of the class of ’99...)


If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience…I will dispense this advice now.

Enjoy the power and beauty of your youth; oh nevermind; you will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you’ll look back at photos of yourself and recall in a way you can’t grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked….You’re not as fat as you imagine.

Don’t worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.

Do one thing everyday that scares you

Sing

Don’t be reckless with other people’s hearts, don’t put up with people who are reckless with yours.

Floss

Don’t waste your time on jealousy; sometimes you’re ahead, sometimes you’re behind…the race is long, and in the end, it’s only with yourself.

Remember the compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.

Keep your old love letters, throw away your old bank statements.

Stretch

Don’t feel guilty if you don’t know what you want to do with your life…the most interesting people I know didn’t know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds know still don’t.

Get plenty of calcium.

Be kind to your knees, you’ll miss them when they’re gone.

Maybe you’ll marry, maybe you won’t, maybe you’ll have children, maybe you won’t, maybe you’ll divorce at 40, maybe you’ll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary…what ever you do, don’t congratulate yourself too much or berate yourself either – your choices are half chance, so are everybody else’s.

Enjoy your body, use it every way you can…don’t be afraid of it, or what other people think of it, it’s the greatest instrument you’ll ever own..

Dance…even if you have nowhere to do it but in your own living room.

Read the directions, even if you don’t follow them.

Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.

Get to know your parents; you never know when they’ll be gone for good.

Be nice to your siblings; they are the best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.

Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography in lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.

Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.

Travel

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you’ll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.

Respect your elders.

Don’t expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.


Don’t mess too much with your hair, or by the time it’s 40, it will look 85.

Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it’s worth.

But trust me on the sunscreen



Wear sunscreen
Baz Luhrmann

quinta-feira, março 23, 2006

Já me doem as costas de tanto esticar. A árvore é muito grande, ou eu é que serei pequena!?

domingo, março 19, 2006

Dia do pai...dia do meu PAI

Bucólica

A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
A espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;

De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;

De poeira;
De sombra duma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma Mãe que faz a trança à filha.

S. Martinho de Anta, 30 de Abril de 1937
Miguel Torga

Alfredo, paizinho...Feliz dia do Pai, junto dos braços do Gugu. Fica aqui o meu abraço para ti.

sexta-feira, março 17, 2006

quinta-feira, março 16, 2006

Tenho saudades da fnac. De passar as tardes dos fins-de-semana sentada no chão da loja a embrulhar poesia cá dentro. Penetrar textos com o olhar. Andar devagar pelas páginas e páginas de autores. Mastigar letras, palavras, frases. E ir até ao Caffe di Roma fazer a digestão.

E dentro das quatro paredes do escritório tenho saudades das quatro paredes do mundo. E Amesterdão é a janela nas quatro paredes do mundo.

quarta-feira, março 15, 2006

terça-feira, março 14, 2006

Conseguiste.
Eu sabia que ias conseguir.
Parabéns.
És sem dúvida alguma a melhor mãe do planeta. As outras que me perdoem:)
Obrigada por seres minha. Gosto muito de ti.
Ik wil 50% goedkoper bellen dan prepaid.

Assim, já vale a pena andar pelas ruas e ler os cartazes de publicidade. Já começo a encaixar esta língua manhosa.

segunda-feira, março 13, 2006

Tu a escorregar pelas mãos, e eu a ver-te cair.

sexta-feira, março 10, 2006

O silêncio, tantas vezes é tal, que o consigo ouvir.

quinta-feira, março 09, 2006

Fora de horas


Foi assim na semana passada. Uma benção de neve cuspida pelo céu!...Agora o céu chora, apenas!

quarta-feira, março 08, 2006

PARABÉNS Jorge!!...Estás como o vinho do Porto...cada vez melhor:)
Foi preciso o primeiro-ministro português viajar até á Finlândia para perceber que o sistema educacional finlandês é excelente. Absolutamente excelente. Aliás, a Finlândia é um país impecável. Engomado. Porque tem um povo que o merece. Porque tem aquilo que falta a Portugal - educação. regras. um sistema de facto. E vem o primeiro-ministro português com cara de inocente dizer: "Estou impressionado". Mas não é o único. Os finlandeses, também estão impressionados com Portugal. Pela bandalheira que ele é.

sexta-feira, março 03, 2006

Ouvi dizer que a média das relações humanas é de cinco a sete anos. Talvez seja por isso que te foste embora. Já era tempo a mais, de facto.

segunda-feira, fevereiro 27, 2006


Foi uma festa portuguesa, com certeza!!...Não faltaram tremoços, receita, e até Ornatos, Clã, Blasted, The Gift apareceram por lá...estamos a ficar famosas, é o que vos digo:) A festarola foi preparada pela junkie (esta é uma private), por ela, ela e ela, e pela Ana - as portuguesas cá de casa!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

80 anos

Meninos e Meninas,

Uma salva de palmas à minha querida tia Maria que hoje completa a belíssima idade de 80 anos.
Do mundo para ti...

Feliz Aniversário!

Um abraço apertado e um beijinho repenicado da tua,
Joana

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

A loucura da noite leva-nos num silêncio barulhento. Vozes fundas e apagadas ao longe. Corpos que se movem para lá e para cá. Uma sala do vento. Um sala bem de perto e bem de longe.

*

Quando a loucura chama, vamos como fadas de asas-jasmim. Corremos para fugir ao que é todos os dias. Perdemo-nos nas horas. Nas conversas. Nos segredos. Na fé. No comportamento. Esquecemos quem somos. E vamos. Apenas.

*

Quatro horas de sono é o suficiente para conquistar a capacidade de sentir viva a vida. Porque existem vidas mortas, que deambulam por destinos rotineiros. Por isso, dou as mãos à loucura. Para estar e ser. Para matar o que não quero sentir. Para sacodir fantasmas. Para ser eu. Assim. E apenas.

*

Connosco caminham pessoas ligadas ao cordão da loucura. Cada um com os seus silêncios e barulhos. Cada um com o seu segredo. O seu motivo. Não interessa. Vamos. Porque assim é mais fácil suportar o pássaro que voa ...apertado...cá dentro.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Neve lá fora, Sigur Rós cá dentro. Das duas uma: ou isto está a recomeçar muito mal, ou está a recomeçar muito bem.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Festejar o aniversário na Holanda é do melhor. Trouxe bolo para a empresa, porque disseram que era simpático, e eu pensei: "ohh não..isto parece a escola primária". A Joana vai de bolo para o trabalho, e encontra o escritório todo enfeitado, com fitas coloridas por todo o lado, flores na mesa e uma série de postais. Mais: até o manager me ofereceu um vale para comprar um livro. Assim, até vale a pena fazer anos, e crescer, crescer...ufa...
Já agora PARABÉNS a mim!:)

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Eu, ela e ela tivemos uma noite incrível em Amesterdão. Só porque ela fez anos. Por isso, a noite de ontem teve como finalidade festejar os dois patinhos da Catarina. Jantámos no Tapas português, com música ao vivo, e ainda tivemos umas bebidas de borla. Mas a festa não acaba aqui. Amanhã, juntas festejamos o nosso aniversário no nosso lar. Um lar repleto de gente. Vai ser festa da grossa, como se costuma dizer, com bolo e tudo. E se tivermos sorte, ainda nos cantam os parabéns em todas as línguas. Penas é que as bebidas já não sejam de borla, mas não faz mal:)

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Do que me safei...

Ainda bem que não estou em Portugal, ou então também estava metida no mesmo saco. É que eu não lamento nada e concordo com tudo.

Estórias inventadas e sem nexo

Não é que me faças falta. Gosto de me ter a mim, só para mim. Assim.
Mas vejo-te e revejo-te, ainda, a serpenteares-te da cozinha para o quarto, do quarto para a casa-de-banho. Vives, muitas vezes dentro das pálpebras. De algum modo, ainda estás agarrado aos lenções já velhos, já feios e mal cheirosos. Ainda estás em alguma hora do relógio que trago no pulso. Passeas-te confortavelmente nos corpos das outras pessoas. Estás sem estares. Ainda. Mas não para sempre.
Hoje é um dia especial. Muito especial. Hoje é o dia da Catarina. O dia levantou-se a pensar nela, está a crescer com ela, e vai adormecer com ela.

Parabéns duendinha*

segunda-feira, fevereiro 06, 2006



A liberdade de expressão é indiscutível. O humor é uma ferramenta saudável para fazer caras felizes. Nada tem de mal. Não é desrespeitoso. O que está mal são os atentados terroristas que têm vindo a ameaçar vidas inocentes, e o mundo em geral. Muito se diz e ri à custa da figura de Jesus. Piadas saudáveis. Os cristãos abalam o mundo inteiro devido a isso? Que eu saiba não. Aqueles gajos só têm de perceber, por uma vez por todas, que o mundo não vive à custa deles, que o mundo é diferente, e por isso, é bonito. Há que respeitar as diferenças se queremos ser felizes. De resto, como uma amiga mulçumana me disse: 'no Corão não está escrito atentados terroristas em lado nenhum, o que está escrito é que temos de respeitar o outro, a sua religião e cor'. O que aliás está muito próximo da base cristã católica: 'ama o próximo como a ti mesmo'.

Dica do conversas de café.

Eu sou mesmo uma miúda cheia de sorte. Não é que me chegaram duas estrelinhas de Portugal. DUAS. E por um semestre. UM SEMESTRE. Apesar de estarem pertinho de mim, também estão de vocês: aqui e aqui.

Bem dizia o Sampaio que há mais vida para além do défice:)

terça-feira, janeiro 31, 2006

Que praga...

A navegar pelos sites noticiosos de Nova Iorque, aparece a dizer "Olá, estou aqui outra vez e SEMPRE", o 24 Horas (das comunidades portuguesas). Nem mais. Portuguese Daily Newspaper - o seu vício diário. Que praga...ele é nos quiosques de Amesterdão, ele é nos sites estrangeiros...

segunda-feira, janeiro 30, 2006


Sim, se eu fosse um meio de transporte era um avião...para voar...voar...voar!
Ah!...Agora percebi por que nevou um pouco por todo Portugal. É que a neve deveu-se "a uma massa de ar muito fria, associada a uma DEPRESSÃO com precipitação".

domingo, janeiro 29, 2006

Mais um dia a vencer.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Lembro-me dela passear-se frente ao metro, perto da rotunda da Boavista à minha espera. Carteira no ombro, escondia-se do sol da manhã. Bons-dias dados era hora do café, ou o dia podia escorregar pelas escadas do tempo. Lá íamos ao café do senhor simpático, que como ela dizia: "Tem uma coisinha por ti". "Ai que maluca, Moniquete", resmungava eu. Até à paragem do autocarro cuscávamos, cuscávamos, cuscávamos...Umas verdadeiras senhoras de meia-idade (salvo-seja). Depois no autocarro lá ia eu feita senhora sabe de cor os quilómetros do Porto, e ditava-lhe as legendas dos prédios, das casas, das ruas. Na verdade, não sabia nada. Tinha acabado de chegar do Erasmus antes de iniciar o estágio. A Mónica abria as orelhas a ouvir as minhas estórias, as minhas saudades, as minhas aventuras. Depois era a minha vez de lhe pôr a mão no ombro e ouvir as suas palavras. Chegavámos ao jornal, e lá estavam os dois restantes actores desta peça de teatro que tanto estimo - o João e a Carina. Íamos almoçar todos juntos ao restaurante intelectual, que na verdade, deixava a desejar...A Carina em fúrias, sempre com o sangue na guelra. O João calmo e paciente com os dias. A Mónica, a minha trenga favorita com um bom-senso nunca dantes visto. E eu com eles. Eles saberão apreciar-me.
Tenho saudades do meu estágio, e dos estagiários que me acompanharam durante os três meses. Porque éramos e somos amigos. Admiramos o que de melhor cada um tem. No seu trabalho e vida pessoal. Que falta me fazem aqueles três porquinhos.

terça-feira, janeiro 24, 2006

O que escrevo, no maior número das vezes é ficção, ou apenas inícios de uma estória real; mas até podia ser verdade.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Existem espaços murchos à minha volta.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Existem impetos em mim completamente desnecessarios. Sinto-me uma corda sem destino, pendurada e esquecida algures no nevoeiro de uma qualquer cidade desconhecida. Prende-se o desejo de aniquilar a dor. Mante-la distante. Tudo nao passam de orgasmos de dor. O cinzento a cor perfeita. A minha cor perfeita. Sou um apenas. Gosto de ser um tanto faz. Porque sim. Porque nao posso ser mais, ou outra coisa. Quem me dera desdobrar as fantasias que tenho em realidades utopicas saidas de um filme a preto e branco. Gostava de ser uma poetisa louca, desarmada de realidades desnecessarias e falsas. Gostava de ser a Humanidade e plantar arvores, escrever livros, e ter muitos filhos. Mas, onde esta o parceiro ideal para isso? Gostava de ser letras numa sopa quente, com pimento para comer. Gostava de ser o tanto do nada que sou, de momento. Despeco-me sempre com lagrimas ate ao chao. Do chao elas rolam para longe, muito longe, mas mesmo assim, eu consigo ve-las, e ate sonha-las. Deprime-me a felicidade com as pessoas correm, saltam, dancam. Deprime-me a minha infelicidade rasca, sem sentido ou quarto para descansar.
Adoro as filosofias que me ensinaram e ainda ensinam, ou tentam ensinar. Nao percebo esta sombra pintada que rasteja atras de mim. Todos tem a mesma cara. Cara de preto e vermelho pesado e querido, sem o saberem. Atroz este mundo que o fazemos. Esculpimos o mundo e achamo-lo capaz. Aplausos para nos. Onde reside a perfeicao do imperfeito que desenhamos diariamente? O mundo arde. Nos queixamo-nos. Mas, mesmo assim, perdemo-nos em desculpas desnecessarias, improprias para consumo. Que grande estupidez a nossa. Inventamos palavras e nao as podemos soltar. Inventamos poderes e nao os podemos cumprir. Inventamos desejos para nao os levar a cabo. Inventamos sonhos para nao os realizar. Inventamos amor para nao o aceitar. Inventamos tudo o quanto existe para negar tudo. Somos desnecessarios e inconvincentes no nosso ser. Existimos apenas. Tanto para nada. Nada para tanto. E assim que gira o mundo. Nao?

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Da lembranca. Porque nao existem mais ou outras palavras possiveis.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Estou indecisa entre gostar mais de brincar na/com a neve ou sentir o calor do sol na cara. E que e mesmo muito divirtido andar pelas ruas como que esquimos, e atirar bolas de neve uns aos outros. Saltar na neve e senti-la como ela e - leve. Foi assim a minha passagem de ano. Muita neve. E muitas outras coisas:)

Um ano revolucionario para todos.